domingo, 4 de maio de 2014

Download E-Book 'Músculos: Provas e Funções - Kendall'




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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Reflexos Primitivos


Os reflexos primitivos são movimentos automáticos, estereotipados, dirigidos desde o tronco-encéfalo e executados sem implicação cortical. Assim, o movimento que se desenvolve pelo estímulo de um reflexo primitivo é inconsciente.
Reflexos são reações involuntárias em resposta a um estímulo externo e consistem nas primeiras formas de movimento humano. Dessa forma, servem como fonte primária de informações, as quais se armazenam no córtex em desenvolvimento.
Nos primeiros meses de vida, a presença, intensidade e simetria desses reflexos podem ser usadas para avaliar a integridade do sistema nervoso central e para detectar anormalidades periféricas, como alterações músculo-esqueléticas congênitas ou lesões nervosas. Por outro lado, a persistência da maioria desses reflexos no segundo semestre de vida, também indica anormalidades do desenvolvimento.
São denominados reflexos primitivos, aqueles relacionados à sobrevivência, com funções de busca de alimentação e de proteção. Já os chamados reflexos posturais, são os precursores de movimentos voluntários. Alguns desses reflexos, como o de sucção, preensão palmar, plantar e o da marcha serão substituídos por atividades voluntárias; outros, como o de Moro simplesmente desaparecerão.

Reflexo de Preensão Palmar e Plantar (Preênsil)


Para testar o reflexo de preensão palmar aplica-se ligeira pressão na face palmar da mão do bebê junto da zona distal dos metacarpos. Como resposta a criança fecha os dedos (fecha a mão).Para testar o reflexo plantar aplica-se pressão na face plantar do pé do bebé na região mais distal dos metatarsos.Como resposta o bebê vai flectir os dedos do pé.

Reflexo de Sucção


Quando um objecto é colocado na boca do recém-nascido, ele começa a succionar imediatamente.

Reflexo de busca


Quando qualquer um dos extremos da boca de recém-nascido é tocado, ele vira a cabeça para esse lado. Este reflexo permite que o recém-nascido encontre o mamilo.


Reflexo de Moro


Aparece com o recém-nascido e desaparece por volta dos 4/6 meses.
Testa-se deslocando-se o centro de gravidade da criança, ou dando um estímulo visual ou sonoro. Como resposta vai haver uma abdução e extensão dos membros, com extensão e abertura dos dedos, exceto as falanges distais dos indicadores e polegares que permanecem em flexão. Em seguida ocorre a adução e flexão dos membros.

Reflexo da Marcha Automática


Testa-se levantando a criança e pressionando a face dorsal de um dos pés contra o bordo de uma mesa.
Como resposta teremos a flexão dos diferentes segmentos da perna, trazendo o pé acima da mesa e assim que se estabelece o contato ativo ou passivo da face plantar do pé com a mesa, ocorre a extensão do membro inferior.

Placing


Nos membros superiores tem início por volta do segundo mês, tornando-se um reflexo de extensão protetiva por volta do sexto mês.
A criança é segurada pelo examinador e a face dorsal de uma das mãos é pressionada sob a borda de uma mesa.
Como resposta temos a flexão dos membros superiores que trazem a mão para cima da mesa.

Reação positiva de apoio


Aparece entre o 1º e o 3º mês e desaparece por volta do oitavo mês.
É provocado através de estímulo proprioceptivo (dorsiflexão das partes distais dos membros) ou exteroceptivo (provocado pelo contacto das plantas dos pés com o solo).
Como resposta teremos a contração simultânea de extensores e flexores.

Reação Cervical de Retificação


Está presente ao nascimento e desaparece por volta do segundo mês.
É obtida virando-se a cabeça do bebê para um lado (pode ser ativa ou passivamente).
Como resposta vamos ter um aumento do tônus do tronco e o bebé vira para o lado oposto em bloco.

Reação Labiríntica de Retificação


Está presente no recém-nascido e começa a ficar mais presente por volta do quarto mês. Esta reação permite a elevação da cabeça na posição prona.
No início a cabeça pode ser mantida levantada fraca ou intermitentemente, mas, o bebê irá mantê-la bem na linha média, a partir da oitava semana (2 meses).
Ao conseguir levantar a cabeça na posição prona, inicia-se um processo de extensão geral do tronco e dos membros, contra a gravidade, que começa céfalo-caudal e alcança a pélvis e joelhos por volta do sexto mês.

Reação Óptica de Retificação


Quando os olhos se movem, a cabeça e o corpo também giram em direção ao objecto, ao qual a atenção foi direcionada. Com a maturação das vias ópticas por volta dos seis meses de idade, é que se inicia a reação de retificação pela visão.

Reação de Landau


Esta reação é uma combinação das reações de retificação e dos reflexos tônicos.
Aparece por volta dos seis meses de idade.
Quando se levanta uma criança de bruços da mesa, apoiada apenas com a mão do examinador sob o tórax, a criança primeiro ergue a cabeça, de maneira que a face esteja numa posição vertical, após esta elevação da cabeça ocorre uma extensão tônica da coluna e membros inferiores, que pode ser tão forte que todo o corpo da criança torna-se curvado para trás.

Reflexo de Galant


Um estímulo doloroso na região lombar do bebê em prono, provocará a flexão do tronco para o lado estimulado.
Nos primeiros dias de vida a resposta é frequentemente ausente ou fraca. Este reflexo desaparece geralmente durante o segundo mês.

Reação de Anfíbio


Esta reação torna o indivíduo capaz fazer flexão dos membros inferiores na preparação para o arrastar, proporcionando a dissociação entre tronco, ombros e pélvis.
Esta reação inicia-se no quarto mês e permanece para a toda a vida.
O teste é realizado levantando-se um lado da pélvis, sob a virilha. O membro inferior deste lado flexiona e abduz, enquanto que o membro do lado oposto entra em extensão.


Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA)


É estimulado pela rotação da cabeça e causa a extensão dos membros para o lado em que a cabeça foi rodada e diminuição do tônus extensor com aumento da flexão dos membros para o lado occipital da cabeça.
Inicia-se por volta do segundo mês e é integrado no quarto mês.

Reflexo Tônico Cervical Simétrico (RTCS)


Também é uma resposta proprioceptiva dos músculos do pescoço, por um movimento ativo ou passivo.
A elevação da cabeça produz um aumento do tônus extensor nos membros superiores e aumento do tônus flexor nos membros inferiores. Abaixando-se a cabeça ocorre a situação inversa.
Geralmente surge no 2º mês e integra-se por volta do sexto mês.

Reflexo Tônico Labiríntico (RTL)


É evocado pelas mudanças da posição da cabeça no espaço. Na criança com Paralisia Cerebral provoca uma hipertonia na posição supina e uma hipotonia na posição prono.
Está presente no primeiro mês de vida, desaparecendo no sexto mês com o aparecimento do Landau.

Reação de Extensão Proctetiva


Também conhecida como reação de paraquedas ou de precipitação.
Esta reação consiste em duas fases e ajuda a manter o bebê sentado.
Numa primeira fase, ocorre a extensão do membro superior para atingir o solo ou, outro apoio, na segunda fase a criança coloca o peso sobre o braço e a mão.


Reflexo de Babinski


Na medicina (neurologia), o reflexo plantar, reflexo de Babinski é um reflexo descoberto por Joseph Babinski.
A presença do reflexo (extensão do hálux) é uma reação normal em crianças até 2 anos de idade. Em adultos indica lesão neurológica.
Caracteriza-se por uma extensão do hálux (dedão do pé), quando um firme estímulo tátil (que não deve ser chegar a ser doloroso, nem causar desconforto ou lesão na pele) é aplicado à sola lateral do pé. Junto com a extensão do hálux, os outros dedos do pé afastam-se entre si.
Existem três respostas possíveis:

• Flexão: os dedos do pé curvam-se para baixo. Esta é a resposta normal observada em adultos sãos.

• Indiferente: Não há resposta ou difícil de classificar.

• Extensão: o hálux realiza uma extensão para cima. A esta resposta, atribui-se o nome de sinal de Babinski.

Os bebês também mostram uma resposta extensora, que neste caso é normal. Isso ocorre porque o trato corticoespinhal que corre do cérebro para a medula espinhal ainda não está completamente mielinizado nesta idade, então o reflexo não é inibido pelo córtex cerebral. A resposta extensora desaparece e dá lugar à resposta flexora por volta dos 12-18 meses de vida.

Reflexo Perioral


O reflexo perioral é estimulado quando se golpeia levemente as bochechas. O bebê girará na direção em que foi golpeado e começará a fazer movimentos de sucção com a boca. Este reflexo está presente no nascimento e vai diminuindo a partir do quarto mês, quando a criança começa a levar a mão à boca e se inicia um processo de adequação da sensibilidade oral.

Reflexo de Fuga à Asfixia


O reflexo de fuga à asfixia é avaliado colocando-se a criança em decúbito ventral no leito, com a face voltada para o colchão. Em alguns segundos o RN deverá virar o rosto liberando o nariz para respirar adequadamente.

Reflexo do Sobressalto


Retrair os braços e as pernas ao escutar um som forte.

Reflexo de Quedas


Ocorre em crianças um pouco maiores. Produz, ao sustentar a criança numa posição ereta e ao rodar seu corpo rapidamente com o rosto para a frente (imitando uma queda). Os braços estendem-se para evitar a queda, no entanto este reflexo aparece muito antes de começar a caminhar.





Fonte: http://todopapas.com.pt/bebe/saude-do-bebe/primeiros-reflexos-dos-bebes-saiba-quais-sao-2927
http://paulaleonny.no.comunidades.net
http://optometriacomportamental.com.br
http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br
http://fisioterapeutico.blogspot.com.br
http://aenfermagem.com.br

domingo, 27 de abril de 2014

Fisioterapia Angiológica


Como todas as patologias humanas, a Cirurgia Vascular e a Angiologia também se apoiam muito na fisioterapia, para melhorar seus resultados. Nas DOENÇAS ARTERIAIS, onde falta a circulação, mais comuns na 3ª idade, a fisioterapia orientada permite que um grande grupo de pessoas fique livre das cirurgias de revascularização, como por exemplo, arterioplastias , colocações de stents e pontes de safena. Estudos estatísticos nos informam que, com uma orientação adequada quanto a exercícios e alimentação, apenas 1.3% dos pacientes com má circulação irão precisar de uma cirurgia de revascularização! Temos que acrescentar aqui que o paciente deverá entrar num processo bem disciplinado quanto a exercícios, abandono do cigarro e alimentação adequada para obter estes resultados. O tratamento consiste basicamente em incentivar o paciente a fazer caminhadas quatro vezes ao dia, em distâncias progressivas, até chegar ao ponto de máximo cansaço muscular. Isto dispara o gatilho de formação de novos vasos, de tal forma que as distâncias toleradas vão aumentando até chegar ao ponto de a pessoa ficar sem sintomas! Dá para imaginar o benefício que é ficar livre de uma cirurgia de grande porte, cujo resultado é sempre incerto! Nas DOENÇAS DOS VASOS LINFÁTICOS, OS LINFEDEMAS, que podem chegar ao termo popular de ELEFANTÍASE quando são muito grandes, temos a fisioterapia, na maioria das vezes como única terapia principal a ser adotada. A patologia mais comum tem sido a sequela de mastectomia, radioterapia e pós-erisipelas. A DRENAGEM LINFÁTICA exerce um efeito controlador nestes casos, que permite uma vida mais confortável. O uso de diuréticos é um auxílio que também ajuda bastante nestes casos. O termo elefantíase está associado à infecção pela filária wuchereria bancrofti, endêmica nos estados da Amazônia. Aqui também após o tratamento da filariose, a drenagem linfática se impõe para grande alívio dos pacientes.


Nas DOENÇAS VENOSAS, a fisioterapia entra nos casos graves, apoiando o tratamento cirúrgico ou clínico. O movimento de dorsiflexão do Pé, funciona como uma bomba para empurrar o sangue esvaziando a perna, reduzindo a pressão venosa, e assim evitando os edemas e lesões de pele (úlceras varicosas). A fisioterapia para manter as articulações se movimentando de forma adequada, associada a uma drenagem linfática para reduzir o edema, são auxílios importantes para alcançar bons resultados. Não podemos esquecer a perda de peso nos casos onde a obesidade existe. Fui muito focado neste artigo ao território de minha especialidade, mas um corpo ágil, sem restrições de movimentos responderá a um tratamento respiratório, cardiológico, ortopédico, e neurológico de forma mais pronta, e a FISIOTERAPIA funciona como um facilitador em todas estas áreas.



Texto da revista 'Saúde Ativa', escrita pelo Dr. Flávio Soares de Camargo - Angiologista e Cirurgião Vascular -  Formado pela FMUSP com especialização em cirurgia vascular no HCFMUSP

Algumas patologias tratadas pela fisioterapia

Condromalácia Patelar


O que é a condromalácia patelar?


Condromalácia patelar ou Condromalácia Patelofemoral, é a primeira etapa de um processo degenerativo que atinge a cartilagem da patela.

Esta patologia é classificada em quatro níveis distintos, de acordo com Outebridge (1961):

Grau I: amolecimento da cartilagem e edemas.
Grau II: fragmentação da cartilagem ou rachaduras com diâmetro inferior a 1,3 cm de diâmetro.
Grau III: fragmentação ou rachaduras com diâmetro superior a 1,3 cm de diâmetro.
Grau IV: erosão ou perda total da cartilagem da articulação em questão, com exposição do osso subcondral.


Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico mais detalhado é feito, normalmente, através de um exame de Ressonância Magnética e em vários casos é recomendado o uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e até mesmo cirurgia (casos mais graves). Sendo a Condromalácia uma condição que afeta a cartilagem rotuliana é aconselhado um suplemento alimentar ou medicamento que tenha Glucosamina e Condroitina, não deve ser apenas um dos componentes mas ambos. A Glucosamina lubrifica toda a articulação e a Condroitina, sendo a substância componente dos Condrócitos (células presentes no tecido das cartilagens articulares) ajudará à regeneração da zona lesada. O tratamento deverá ser prolongado com indicação médica ou do Fisioterapeuta pelo um período superior ao do fim das queixas.
Caso se trate de doença crônica, o tratamento baseia-se apenas na redução da dor. Não há um protocolo rígido de indicação de tratamento. É necessário estudar a forma mais eficaz para cada paciente de acordo com o grau da lesão adquirida, e que, principalmente, não cause dor.
O fortalecimento do quadríceps é primordial, e é preciso também recuperar a potência do membro inferior, executando exercícios com um grau de dificuldade progressiva, evitando uma sobrecarga na articulação fêmoro-patelar.


A condromalácia tem cura?

A condromalácia é, a princípio, reversível. Ou seja, se você tem condromalácia (1º grau apenas) e se mantiver protegido dos estresses que se impõem na cartilagem, ela pode voltar à normalidade, ou seja, você pode deixar de ter a condromalácia. Porém, se você tiver um grau de degeneração maior que o 1º, a regeneração da cartilagem ocorre numa pequena parte das pessoas e é muito pequena.
Porque não há circulação na cartilagem, para que possa haver processo de cicatrização.


Arrume sua pisada




Use um calçado que corrija sua pisada, desta forma, irá dar agilidade ao tratamento!

As marcas de calçados mais procurados para esta patologia, são os da Mizzuno http://www.loja.mizunobr.com.br/?gclid=CIH984fVgb4CFenm7AodGGYAFg e da Asics http://www.asics.com.br/ . Se atentem ao modelo especifico para o tipo de sua pisada na descrição do tênis no site, não se esqueçam de darem preferencia pela busca deles, em sites oficiais das marcas, pois há muita informação colocada de forma errada, em alguns sites de revenda. Supinada e Subpronada tem o mesmo significado, em algumas descrições, podem variar entre estes dois termos. Duas dicas de linhas de tênis da Mizzuno que atendem às pessoas com a pisada supinada ou subpronada, que geralmente é a minoria nesta patologia, são as linhas;

- Wave Creation e Wave Prophecy;

Para pessoas com a pisada pronada, tem uma variada linha de tênis a sua disposição. Não se esqueçam de confirmar em suas descrições antes de compra-los.

Recomendações


- Excluir exercícios e esportes de alto impacto (futebol, vôlei, basquete, corrida, ciclismo) ou atividades suspeitas de causarem a lesão. Natação é um bom exercício para manter o condicionamento físico sem afetar o joelho.
- Reforçar os músculos fracos, fazendo exercícios leves e de baixo impacto. É especialmente importante reforçar o músculo vasto medial para equilibrar as forças atuantes sobre a patela - fazendo extensão de cada perna separadamente, por exemplo.
- É importante avaliar o limite de extensão e flexão do joelho durante os exercícios, para não agravar o quadro. Peça ao profissional para demonstrar. Evite a sobrecarga.
- Alongar quadríceps, banda iliotibial (lateral), posterior da coxa, tendões e panturrilha regularmente. Não esquecer de alongar bem antes e depois dos exercícios.
- Colocar gelo no joelho após os exercícios.
- Evitar subir e descer escadas.
- Garantir lugar suficiente para a perna no carro ou no seu lugar de trabalho, evitando manter o joelho flexionado mais de 90 graus por muito tempo.
- Manter boa postura e evitar cruzar as pernas por longos períodos.
- Não sentar sobre as pernas com o joelho em hiperflexão.
- Quando estiver deitado, não deixar o peso do corpo pressionar ou mover a patela, usando um travesseiro para manter os joelhos levemente separados e as patelas no lugar.
- Usar sapatos confortáveis, principalmente durante os exercícios.
- Evitar aplicar peso excessivo na articulação afetada, perdendo peso se necessário.
- É imprescindível fazer uma avaliação com um reumatologista, um fisiatra, um ortopedista, e depois um fisioterapeuta, para receber o diagnóstico preciso e o tratamento correto. Jamais faça exercícios em academias sem a assistência de um professor de educação física. As orientações dadas aqui podem ser excluídas com o tempo.




PRANDO, T.G. - Condromalácia patelar: uma intervenção do educador físico
MACHADO, F. A. e AMORIM, A. A. - Condromalácia patelar: aspectos estruturais, moleculares, morfológicos e biomecânicos








sexta-feira, 11 de abril de 2014

Tirando Suas Dúvidas

GEL CONDUTOR PARA EXAMES


Gel universal desenvolvido para uso como meio de contato em exames de ultra-sonografia, ecocardiograma, eletrocardiograma, fisioterapia, massagens e aplicações de TENS e FES. Produto não gorduroso, hidrossolúvel, hipoalergênico, umectante e não abrasivo.


ESTE GEL NÃO TEM FUNCIONALIDADE TERAPÊUTICA, NO SENTIDO DE ANALGESIA, ANTI-INFLAMATÓRIO, OU QUALQUER OUTRA FUNCIONALIDADE MEDICAMENTOSA.

Características:

- pH neutro, o que torna o gel inofensivo à pele do paciente;
- Ótima consistência, facilitando o exame e evitando desperdício;
- Fabricado com matérias primas de grau farmacêutico;
- Não danifica os transdutores;
- Produto Inodoro, hidrossolúvel e por ser à base de água facilita a absorção por guardanapos de papel, algodão ou qualquer outro tecido, favorecendo sua remoção após o exame.



Aparelhos e Equipamentos que Auxiliam Alguns Tratamentos Fisioterápicos

Estimulação Elétrica Funcional (FES)


A técnica FES tem como base a produção da contração através da estimulação elétrica, que despolariza o motoneurônio, produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades motoras do músculo. Este sincronismo promove uma contração eficiente, mas é necessário treinamento específico, a fim de evitar a fadiga precoce que impediria a utilização funcional do método com o objetivo reabilitacionais.
FES é, portanto, uma corrente excito motora de baixa freqüência (10 a 1000 Hz), despolarizada, com pulsos quadráticos bifásicos, que visa promover uma contração muscular. Amplamente utilizado quando a meta do tratamento é favorecer ou produzir movimento funcional. Além disso, é utilizado para manutenção do trofismo muscular em pacientes com déficit de força, quando não é possível a realização de movimentos cinesioterápicos.

CONTRAÇÃO VOLUNTÁRIA 

· Trabalha predominantemente fibras lentas (tipo I)

· Recrutamento assincrônico

· Treinamento leva a efeitos sistêmicos

· Fadiga ocorre após maior tempo

CONTRAÇÃO ATRAVÉS DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA

· Trabalha predominantemente fibras rápidas (tipo II), devido à sua disposição periférica

· Recrutamento sincrônico

· Pouco ou nenhum efeito sistêmico secundário

· Fadiga se instala mais rapidamente


Efeitos

- Metabolismo celular

- Aumento de oxigenação

- Liberação de metabólitos

- Dilatação arterial

- Irrigação sanguínea no músculo

- Reposta do tudo ou nada, ou seja, o estimulo desencadeado tem que ser suficiente para atingir o limiar do motoneurônio, despolarizando-o.

Eletrodos

Tipos: Silicone-carbono e Auto-adesivos. 
Importante: os eletrodos devem ter como meio de acoplamento GEL hidrossolúvel


Posicionamento: Técnica coplanar ou contraplanar

Colocação dos eletrodos

- Sobre ou ao redor da área dolorosa

- Sobre os dermátomos que correspondem à área doloroso

- Próximo à medula que inerva área dolorosa

- Sobre nervos periféricos que inervam a área dolorosa

- Sobre estruturas vasculares superficiais

- Sobre pontos motores

Modos de pulso

· Normal: emissão de pulsos elétricos no modo convencional

· Burst: emissão de pulsos em forma de pacotes ou trens de pulso; para manter o trofismo e pode também ajudar na analgesia

· Seqüencial: emissão de pulsos elétricos de modo variando entre canais 1,2,3,4 ; usado para trabalhar vários movimentos em músculos diferentes

Parâmetros ideais

· Frequência: 50 a 100Hz

· Largura de pulso: 200 a 500 microsegundos

· Amplitude do pulso: suficiente para causar contração muscular, ideal no limite da dor

Nas primeiras sessões deve-se adotar um período relativamente longo de repouso entre as estimulações (relação de tempo ON / tempo OFF = de 1:5 até 1:3), afim de assegurar a capacidade do músculo de continuar a responder, evitando assim fadiga precoce. Com o passar das sessões o tempo de repouso deve ser reduzido progressivamente (relação 1:2 até 1:1).
A intensidade da corrente é um parâmetro que deve ser constantemente alterado, tanto intra quanto inter-sessões. Esta necessidade é justificada pela acomodação ao estimulo elétrico bem como pelas alterações desencadeadas no decorrer das sessões.
O sucesso dos programas de estimulação elétrica depende amplamente dos parâmetros da corrente. Para utilizá-la de forma mais efetiva, o terapeuta precisa dominar todos os parâmetros e saber quando e como regulá-los, para torná-los mais convenientes á um programa de tratamento particular de um determinado paciente.

Indicações

· Reabilitação muscular

· Prevenção de atrofia (imobilização)

· Hipotrofia, contraturas

· Paralisia cerebral

· Pacientes paraplégicos

· Pacientes com lesão medular incompleta

Contra-indicações

· Usuários de marcapasso cardíaco

· Cardiopatas

· Utilização sobre vasos sanguíneos trombóticos ou embolíticos

· Vasos vulneráveis à hemorragia

· Área abdominal de gestantes

· Sobre seios carotídeos

· Alterações de sensibilidade sem estratégias seguras

· Indivíduos com dermatite e sobre pele danificada

· Tecidos neoplásicos

· Estado febril

· Infecções em geral

· Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por profissional)

Orientações
Elevar aos poucos a intensidade da corrente nas primeiras sessões
Eletrodo ativo posicionado sobre o ponto motor ou ventre muscular do músculo a ser estimulado
Usar correntes despolarizadas para estimulação mioeletrica da face
Realizar estimulação elétrica de forma modulada para evitar fadiga
Na obesidade, limiar de excitabilidade é alto
Pacientes com neuropatias periféricas devem ser melhor monitorados
Intensidade adequada contribui para hipertrofia e aumento de potencia de músculo debilitado
Antes do tratamento, a pele deve ser lavada com água e sabão ou limpa com lenço umedecido com álcool.

Dúvidas: Perguntas e Respostas

- Pergunta (diogocarvalhedo@ibest.com.br): Ao estimularmos o ponto motor de um músculo com o FES, há contração seguida de relaxamento, este ocorre de forma rápida ou lenta?

-Resposta (https://plus.google.com/100226765799037348073/posts): Com repouso de 3 a 5 vezes o tempo de duração da contração (ex.: 4 segundos e repousa 12 a 20 segundo) o ritmo permitirá ao músculo se relaxar, ao evitar a fadiga. Fibras tipo II saturam rápido, e esse cuidado vai definir a qualidade dos resultados ao usar correntes para estimular a motricidade, ou seja, fazendo uso dos músculos.

- Complemento (http://consultoriodereabilitacao.blogspot.com.br): Se usar frequência mais baixa (20hz) o fibra estimulada será a do tipo I (lenta e aeróbica), o músculo não irá fadigar, assim pode-se diminuir o tempo off e aumentar o tempo de aplicação de sua terapia.



Fonte: Alunos: Lívia e Mateus da UFVJM http://rtufvjm.blogspot.com.br/



Referências:

Titulo: GUIRRO,E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional, fundamentos, recursos e patologias. Capitulo 6 – Eletroterapias

Titulo: KITCHEN, S.; BAZIN, S. Eletroterapia prática baseada em evidência. Capitulo 15 – Estimulação elétrica neuromuscular e muscular

domingo, 6 de abril de 2014

Fisioterapia Neurológica


A Fisioterapia Neurológica, ou também conhecida como Neurofuncional, induz ações terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação. Fisioterapia neurofuncional é uma das áreas de atuação da fisioterapia que objetiva o estudo, diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos que envolvem as funções neuromotoras, atuando nas sequelas resultantes de danos ao Sistema Nervoso.
A Fisioterapia Neurofuncional é bastante difundida em nosso meio e surgiu no fim da década de 40 com alguns pesquisadores como Rood, Kabat e Knott, Brunnstrom e Bobath. Atua com base nos conceitos neurofisiológicos obtidos após condutas bem sucedidas e pesquisas intensas, direcionando-se o tratamento para a recuperação funcional mais rápida possível para o paciente, seja ele pediátrico, adulto ou geriátrico. Hoje, com modernas técnicas, aprimoramento constante dos profissionais, cursos de aperfeiçoamento, essa área da fisioterapia obtém grandes resultados.
A fisioterapia neurofuncional hospitalar também compartilha desse aprimoramento e pode minimizar as disfunções de doenças que acometem o sistema nervoso como: Traumatismo Craniano, Esclerose Múltipla, Acidente Vascular Encefálico, dentre outras.
A reabilitação tem como objetivo restaurar a identidade pessoal e social dos pacientes que sofreram lesões no córtex, tronco cerebral, medula espinhal, nervo periférico, junção neuromuscular e no músculo, buscando o bem estar físico e emocional do indivíduo.

O tratamento é globalizado e tem como objetivos principais:

Prevenir deformidades, orientar a família e o paciente seja ele adulto ou criança,
Normalizar o tônus postural,
Melhorar habilidades cognitivas e de memória,
Ortostase precoce com uso do lift ortostático,
Reintegrar o paciente a sociedade,
Diminuir padrões patológicos,
Prevenir instalação de doenças pulmonares ou qualquer outra intercorrência,
Manter ou aumentar a amplitude de movimento,
Reduzir a espasticidade,
Estimular as atividades de vida diária, a alimentação, o retreinamento da bexiga e intestinos, a exploração vocacional e de lazer;
Otimizar a qualidade de vida do paciente.

Esses danos acometem crianças acima de dois anos e adultos com diferentes complexidades e distribuições corporais tais como: 

- hemiplegias: um lado do corpo paralisado em sentido vertical - esquerdo ou direito;
- paraplegias: um lado do corpo paralisado em sentido horizontal – superior ou inferior;
- cerebelopatias: doenças cerebelares;
- disfunções vestibulares: o sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio do corpo e é localizado no ouvido. O distúrbio vestibular mais conhecido é a labirintite;
- parkinsonismo: mal de parkinson;
- polineuropatias: ocorre quando muitos nervos periféricos por todo o corpo começam a não funcionar corretamente ao mesmo tempo;
- miopatias: doenças musculares;
- doenças do neurônio motor - neurônio responsável pelo movimento;
- pacientes com Acidente Vascular Encefálico (A.V.E), com Traumatismos Cranianos (T.C.E). Vale ressaltar que, o TCE abrange desde um pequeno choque contra a parede até uma lesão por projétil de arma de fogo, por exemplo, pacientes com traumas raquimedulares (T.R.M ou Traumatismo Raquimedular, que aparecem com maior frequência em locais onde se pratica o mergulho - salto - e nos acidentes automobilísticos; portadores de paralisia cerebral, portadores de paralisias faciais, dentre outros. 


Diversas são as patologias neurológicas que podem ser tratadas pela fisioterapia. Dentre elas, discorreremos sobre as mais comuns:

Hemiplegia

Ocorre geralmente após um acidente vascular encefálico, onde o individuo geralmente fica com um lado do corpo paralisado.
A reabilitação na hemiplegia é iniciada logo após o acidente vascular para fazer com que o paciente saia da cama e consiga realizar suas atividades mais independentemente possível.
A participação ativa do paciente é fundamental com o fisioterapeuta, para que ele possa aprender a controlar sua musculatura e movimentos anormais.

Doença de Parkinson

O paciente apresenta: tremor, bradicinesia (lentidão dos movimentos), rigidez , alterações posturais e quedas freqüentes.
O principal objetivo nesta patologia é trabalhar alongamento para melhorar amplitude do movimento, alinhar e melhorar a postura, treinar a marcha (com oscilação dos membros superiores), estimular reações de equilíbrio, treinar sentar e levantar de cadeiras, extensão e rotação do tronco. Os exercícios específicos e regulares são de fundamental importância para manter o paciente forte, flexível e funcional.

Polineuropatia

Refere-se aos obstáculos em que os nervos periféricos são afetados por um ou mais processos patológicos, levando-os á incapacidade motora.
Na polineuropatia iniciaremos com cuidados respiratórios, controle de dor, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e adaptações às possíveis incapacidades do paciente.

Traumatismo Craniano

Depois de algum trauma, o cérebro quando lesado pode levar o paciente ao coma, déficits físicos e incapacidade.
A prevenção de contraturas, a manutenção da função respiratória, a diminuição da elasticidade, a melhora da amplitude de movimento, a normalização de movimento e do tônus postural e o reforço das habilidades remanescentes serão as prioridades neste caso.
Vale acrescentar que os métodos de fisioterapia são cada vez mais valorizados pelos pacientes e por profissionais de saúde em geral. É comum que o fisioterapeuta selecione técnicas específicas de diversos métodos de tratamento aplicando-as de acordo com as necessidades de seus pacientes.
Também se observa um enorme grau de liberdade criativa baseado nos conceitos gerais de cada método e na competência e profissionalismo de cada fisioterapeuta.
Considerando-se que, seja qual for o método, o objetivo geral é promover o aprendizado ou reaprendizado motor desenvolvendo nos pacientes a capacidade de executar atividades motoras o mais próximo possível do normal.


As síndromes resultantes dos danos ao sistema nervoso diferem entre si dependendo da região atingida. 
As disfunções motoras e sensoriais decorrentes de dano neurológico interferem no desempenho de atividades da vida diária, laborais e de lazer impedindo que o indivíduo realize movimentos ou tenha sensibilidade de acordo com o tipo de trauma ou lesão.
A fisioterapia neurofuncional induz ações terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação. Através de estímulos, por exemplo, estímulos físicos como tapping com gelo, diferentes texturas – superficie crespa, tecidos, gaze entre outras superfícies – estímulos elétricos através da terapia por correntes, etc.)
A fisioterapia neurofuncional aos poucos irá recapacitar a função de forma total ou parcial, respeitando sempre a fisiologia da lesão e o paciente.