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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Reflexos Primitivos


Os reflexos primitivos são movimentos automáticos, estereotipados, dirigidos desde o tronco-encéfalo e executados sem implicação cortical. Assim, o movimento que se desenvolve pelo estímulo de um reflexo primitivo é inconsciente.
Reflexos são reações involuntárias em resposta a um estímulo externo e consistem nas primeiras formas de movimento humano. Dessa forma, servem como fonte primária de informações, as quais se armazenam no córtex em desenvolvimento.
Nos primeiros meses de vida, a presença, intensidade e simetria desses reflexos podem ser usadas para avaliar a integridade do sistema nervoso central e para detectar anormalidades periféricas, como alterações músculo-esqueléticas congênitas ou lesões nervosas. Por outro lado, a persistência da maioria desses reflexos no segundo semestre de vida, também indica anormalidades do desenvolvimento.
São denominados reflexos primitivos, aqueles relacionados à sobrevivência, com funções de busca de alimentação e de proteção. Já os chamados reflexos posturais, são os precursores de movimentos voluntários. Alguns desses reflexos, como o de sucção, preensão palmar, plantar e o da marcha serão substituídos por atividades voluntárias; outros, como o de Moro simplesmente desaparecerão.

Reflexo de Preensão Palmar e Plantar (Preênsil)


Para testar o reflexo de preensão palmar aplica-se ligeira pressão na face palmar da mão do bebê junto da zona distal dos metacarpos. Como resposta a criança fecha os dedos (fecha a mão).Para testar o reflexo plantar aplica-se pressão na face plantar do pé do bebé na região mais distal dos metatarsos.Como resposta o bebê vai flectir os dedos do pé.

Reflexo de Sucção


Quando um objecto é colocado na boca do recém-nascido, ele começa a succionar imediatamente.

Reflexo de busca


Quando qualquer um dos extremos da boca de recém-nascido é tocado, ele vira a cabeça para esse lado. Este reflexo permite que o recém-nascido encontre o mamilo.


Reflexo de Moro


Aparece com o recém-nascido e desaparece por volta dos 4/6 meses.
Testa-se deslocando-se o centro de gravidade da criança, ou dando um estímulo visual ou sonoro. Como resposta vai haver uma abdução e extensão dos membros, com extensão e abertura dos dedos, exceto as falanges distais dos indicadores e polegares que permanecem em flexão. Em seguida ocorre a adução e flexão dos membros.

Reflexo da Marcha Automática


Testa-se levantando a criança e pressionando a face dorsal de um dos pés contra o bordo de uma mesa.
Como resposta teremos a flexão dos diferentes segmentos da perna, trazendo o pé acima da mesa e assim que se estabelece o contato ativo ou passivo da face plantar do pé com a mesa, ocorre a extensão do membro inferior.

Placing


Nos membros superiores tem início por volta do segundo mês, tornando-se um reflexo de extensão protetiva por volta do sexto mês.
A criança é segurada pelo examinador e a face dorsal de uma das mãos é pressionada sob a borda de uma mesa.
Como resposta temos a flexão dos membros superiores que trazem a mão para cima da mesa.

Reação positiva de apoio


Aparece entre o 1º e o 3º mês e desaparece por volta do oitavo mês.
É provocado através de estímulo proprioceptivo (dorsiflexão das partes distais dos membros) ou exteroceptivo (provocado pelo contacto das plantas dos pés com o solo).
Como resposta teremos a contração simultânea de extensores e flexores.

Reação Cervical de Retificação


Está presente ao nascimento e desaparece por volta do segundo mês.
É obtida virando-se a cabeça do bebê para um lado (pode ser ativa ou passivamente).
Como resposta vamos ter um aumento do tônus do tronco e o bebé vira para o lado oposto em bloco.

Reação Labiríntica de Retificação


Está presente no recém-nascido e começa a ficar mais presente por volta do quarto mês. Esta reação permite a elevação da cabeça na posição prona.
No início a cabeça pode ser mantida levantada fraca ou intermitentemente, mas, o bebê irá mantê-la bem na linha média, a partir da oitava semana (2 meses).
Ao conseguir levantar a cabeça na posição prona, inicia-se um processo de extensão geral do tronco e dos membros, contra a gravidade, que começa céfalo-caudal e alcança a pélvis e joelhos por volta do sexto mês.

Reação Óptica de Retificação


Quando os olhos se movem, a cabeça e o corpo também giram em direção ao objecto, ao qual a atenção foi direcionada. Com a maturação das vias ópticas por volta dos seis meses de idade, é que se inicia a reação de retificação pela visão.

Reação de Landau


Esta reação é uma combinação das reações de retificação e dos reflexos tônicos.
Aparece por volta dos seis meses de idade.
Quando se levanta uma criança de bruços da mesa, apoiada apenas com a mão do examinador sob o tórax, a criança primeiro ergue a cabeça, de maneira que a face esteja numa posição vertical, após esta elevação da cabeça ocorre uma extensão tônica da coluna e membros inferiores, que pode ser tão forte que todo o corpo da criança torna-se curvado para trás.

Reflexo de Galant


Um estímulo doloroso na região lombar do bebê em prono, provocará a flexão do tronco para o lado estimulado.
Nos primeiros dias de vida a resposta é frequentemente ausente ou fraca. Este reflexo desaparece geralmente durante o segundo mês.

Reação de Anfíbio


Esta reação torna o indivíduo capaz fazer flexão dos membros inferiores na preparação para o arrastar, proporcionando a dissociação entre tronco, ombros e pélvis.
Esta reação inicia-se no quarto mês e permanece para a toda a vida.
O teste é realizado levantando-se um lado da pélvis, sob a virilha. O membro inferior deste lado flexiona e abduz, enquanto que o membro do lado oposto entra em extensão.


Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA)


É estimulado pela rotação da cabeça e causa a extensão dos membros para o lado em que a cabeça foi rodada e diminuição do tônus extensor com aumento da flexão dos membros para o lado occipital da cabeça.
Inicia-se por volta do segundo mês e é integrado no quarto mês.

Reflexo Tônico Cervical Simétrico (RTCS)


Também é uma resposta proprioceptiva dos músculos do pescoço, por um movimento ativo ou passivo.
A elevação da cabeça produz um aumento do tônus extensor nos membros superiores e aumento do tônus flexor nos membros inferiores. Abaixando-se a cabeça ocorre a situação inversa.
Geralmente surge no 2º mês e integra-se por volta do sexto mês.

Reflexo Tônico Labiríntico (RTL)


É evocado pelas mudanças da posição da cabeça no espaço. Na criança com Paralisia Cerebral provoca uma hipertonia na posição supina e uma hipotonia na posição prono.
Está presente no primeiro mês de vida, desaparecendo no sexto mês com o aparecimento do Landau.

Reação de Extensão Proctetiva


Também conhecida como reação de paraquedas ou de precipitação.
Esta reação consiste em duas fases e ajuda a manter o bebê sentado.
Numa primeira fase, ocorre a extensão do membro superior para atingir o solo ou, outro apoio, na segunda fase a criança coloca o peso sobre o braço e a mão.


Reflexo de Babinski


Na medicina (neurologia), o reflexo plantar, reflexo de Babinski é um reflexo descoberto por Joseph Babinski.
A presença do reflexo (extensão do hálux) é uma reação normal em crianças até 2 anos de idade. Em adultos indica lesão neurológica.
Caracteriza-se por uma extensão do hálux (dedão do pé), quando um firme estímulo tátil (que não deve ser chegar a ser doloroso, nem causar desconforto ou lesão na pele) é aplicado à sola lateral do pé. Junto com a extensão do hálux, os outros dedos do pé afastam-se entre si.
Existem três respostas possíveis:

• Flexão: os dedos do pé curvam-se para baixo. Esta é a resposta normal observada em adultos sãos.

• Indiferente: Não há resposta ou difícil de classificar.

• Extensão: o hálux realiza uma extensão para cima. A esta resposta, atribui-se o nome de sinal de Babinski.

Os bebês também mostram uma resposta extensora, que neste caso é normal. Isso ocorre porque o trato corticoespinhal que corre do cérebro para a medula espinhal ainda não está completamente mielinizado nesta idade, então o reflexo não é inibido pelo córtex cerebral. A resposta extensora desaparece e dá lugar à resposta flexora por volta dos 12-18 meses de vida.

Reflexo Perioral


O reflexo perioral é estimulado quando se golpeia levemente as bochechas. O bebê girará na direção em que foi golpeado e começará a fazer movimentos de sucção com a boca. Este reflexo está presente no nascimento e vai diminuindo a partir do quarto mês, quando a criança começa a levar a mão à boca e se inicia um processo de adequação da sensibilidade oral.

Reflexo de Fuga à Asfixia


O reflexo de fuga à asfixia é avaliado colocando-se a criança em decúbito ventral no leito, com a face voltada para o colchão. Em alguns segundos o RN deverá virar o rosto liberando o nariz para respirar adequadamente.

Reflexo do Sobressalto


Retrair os braços e as pernas ao escutar um som forte.

Reflexo de Quedas


Ocorre em crianças um pouco maiores. Produz, ao sustentar a criança numa posição ereta e ao rodar seu corpo rapidamente com o rosto para a frente (imitando uma queda). Os braços estendem-se para evitar a queda, no entanto este reflexo aparece muito antes de começar a caminhar.





Fonte: http://todopapas.com.pt/bebe/saude-do-bebe/primeiros-reflexos-dos-bebes-saiba-quais-sao-2927
http://paulaleonny.no.comunidades.net
http://optometriacomportamental.com.br
http://fisioterapiahumberto.blogspot.com.br
http://fisioterapeutico.blogspot.com.br
http://aenfermagem.com.br

domingo, 6 de abril de 2014

Algumas patologias tratadas pela fisioterapia

Radiculopatia Cervical (RC)


A radiculopatia cervical (RC) é um processo patológico que envolve raízes nervosas cervicais, sendo resultado da compressão e inflamação de uma ou mais raízes cervicais nas adjacências dos forames intervertebrais. Os sintomas primários mais relatados nesta afecção são os de dor no membro superior, parestesia e fraqueza no miótomo separada por septos mioméricos afetado, que geralmente resultam em significantes limitações funcionais e deficiências. A dor radicular braquial,com ou sem parestesia, chega a ser relatada em 80% a 100%dos casos. 
As metas para o seu tratamento vislumbram eliminar os sintomas,por meio de métodos que visam reduzir a dor, restaurara força muscular e amplitude de movimento, os quais usualmente podem se apresentar como tratamentos conservadores. Em vista do potencial comprometimento funcional oferecido pelas RC, o presente trabalho tem por objetivo revisar desde a etiologia às formas terapêuticas empregadas no tratamento conservador desta patologia.

Etiologia

A RC é uma patologia que frequentemente não possui origem traumática, ocorrendo de forma espontânea na maioria dos casos. Relata-se que um histórico de esforço físico ou trauma ocorre apenas em 14,8% dos casos. As causas mais comum entre relacionadas a tal patologia são a herniação do disco cervical e espondilose cervical. As causas menos comuns de RC incluem: complicações cirúrgicas, tumores intra ou extra espinhais, avulsão traumática de raiz nervosa, cistos sinoviais, cistos meníngeos,fístula arteriovenosa dural, sarcoidose, arterites, esforço físico,compressão ganglionar, linfoma não Hodgkin, tortuosidade ou formação de alça na artéria vertebral, podendo ainda ocorrer sem causa identificável.

Quadro Clínico

A dor é o sintoma mais característico desta patologia em seu estado agudo, todavia, esta característica diminui à medida que a condição torna-se crônica. Os sintomas sensoriais, predominantemente parestesia (são sensações cutâneas subjetivas ex.; frio, calor, formigamento, pressão etc... - que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação. Podem ocorrer caso algum nervo sensorial seja afetado, seja por contato ou pelo rompimento das terminações nervosas), são mais comuns que os sintomas motores e hiporreflexia profunda. A dor radicular pode ser acentuada por manobras que ocasionam tração da raiz nervosa envolvida, tal como tosse, espirro, manobra de Valsalva ou certos movimentos e posicionamentos cervicais. Segundo a lei de Cannon, as RC poderiam causar o fenômeno de "hiperalgesia miálgica" ou "supersensibilidade à denervação" nos músculos inervados pelos axônios comprometidos. Letchuman et al (2005) sugerem que a tensão muscular ipsilateral à RC pode ser resultado de um destes fenômenos.
A fisioterapia pode aumentar a força da extremidade superior afetada, sua destreza, coordenação, melhorar as atividades devida diária, aumentar a amplitude de movimento da articulação do ombro e diminuir espasmos musculares cervicais. Além disso, benefícios clínicos importantes relativos à redução da dor e aumento da função têm sido reportados em pacientes portadores de patologia cervical crônica.



As opções terapêuticas da fisioterapia atuam como procedimentos complementares na redução de quadros álgicos e alterações osteomioneuroarticulares. Diversos recursos fisioterapêuticos têm sido avaliados, através da associação entre modalidades como: tração cervical, cinesioterapia, aplicação de calor superficial e profundo, crioterapia, educação ergonômica, terapia para ganho de amplitude de movimento, condicionamento geral, mobilização e manipulação, estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e massoterapia.

Manipulação e Mobilização da Coluna Vertebral

Alguns autores preconizam uma diminuição imediata da dor oriunda de RC, em virtude da utilização de manipulação e mobilização da coluna vertebral. Dados da literatura referem tal terapêutica como sendo um método de grande valia a ser empregado previamente ao tratamento invasivo das RC. Esta técnica demonstra-se bastante proveitosa uma vez que determina resultados terapêuticos efetivos, poucos riscos de complicação,e não apresenta efeitos colaterais tai quais os da terapia medicamentosa e cirúrgica. Segundo Pikula (1999), a manipulação vertebral na coluna cervical além de diminuir,de forma imediata, a dor aumenta a amplitude de movimento das articulações comprometidas. Notoriamente, pacientes come sem compressão de raiz nervosa secundária à herniação do disco cervical respondem bem a esta forma de tratamento.

Tração Cervical

Alguns dos efeitos fisiológicos da tração cervical incluem a estimulação dos receptores teciduais de alongamento e mecanorreceptores que proporcionam o alívio da dor e redução do tônus muscular, descompressão de estruturas articulares, vasculares e do tecido nervoso. Diversos estudos relatam que a tração mecânica da coluna cervical resulta em um aumento dos espaços intervertebrais e relaxamento de estruturas musculares. Joghataei etal (2004) evidenciaram que a tração cervical mecânica reduzo déficit de preensão palmar em indivíduos portadores de RC. Por sua vez, Constanto Yannis et al (2005) demonstraram por meio da aplicação desta mesma terapêutica, em pacientes portadores de RC decorrente de hérnia discal, uma melhora dos sintomas e diminuição da herniação do disco intervertebral.

Em um estudo ainda mais recente deduziu-se que a tração mecânica manual, em indivíduos assintomáticos, é capaz de gerar um aumento estatisticamente significativo no comprimento da coluna cervical. Todavia, Young et al. (2009) demonstram que a tração mecânica cervical em adição a um tratamento multimodal de terapias manuais e exercícios não apresenta rendimentos adicionais ao alivio da dor, ganho funcional ou redução das deficiências em portadores de RC. Portanto, a literatura ainda carece de evidências convincentes quanto aos efeitos positivos possivelmente gerados pela utilização desta modalidade em casos agudos ou crônicos.

Termoterapia

A termoterapia por adição de calor poderia ser um recurso recomendável ao tratamento das RC, uma vez que a mesma tende a aumentar a circulação local, relaxar os músculos acometidos e diminuir a tensão muscular provocada por tal patologia. Todavia, a literatura refere, que tal modalidade terapêutica não gera benefícios significativos ao controle da dor. A crioterapia pode ser utilizada para tratar pontos de tensão muscular, contudo, no caso das RC que apresentam pontos de tensão no membro superior, o tratamento deve ser direcionado à região cervical e não à área aparentemente afetada.

Ultra-Som Terapêutico e Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea(TENS)

Quanto à utilização destes métodos, alguns estudos consideram que tais métodos de tratamento não demonstram benefícios ao manejo das RC. A terapia por campo eletromagnético pulsado demonstra ser um recurso de grande valia neste tipo de afecção uma vez que a mesma demonstrou redução significativa da dor e ganho na amplitude de movimento cervical.

Cinesioterapia

O fortalecimento da musculatura flexora cervical profunda parece ser uma boa opção ao manejo cinesioterapêutico desta patologia. Orientações posturais, apesar dos benefícios relacionados à melhoria da mecânica corporal, são necessárias evidências mais concretas quanto aos resultados da educação postural no tratamento das RC.

Acupuntura

Um recente estudo demonstra que a acupuntura é uma modalidade terapêutica valorosa no tratamento da dor causada por espondilose cervical. Por sua vez, a eletro acupuntura demonstrou-se uma opção satisfatória no tratamento de dores cervicais crônicas. Todavia, um estudo de revisão prévio conduzido por White e Ernst (1999) denotou efeitos positivos e negativos da acupuntura de forma equilibrada, quando a mesma era utilizada para o tratamento da dor cervical. Outra revisão da literatura refere que a acupuntura exerceu um efeito negativo ou não apresentou efeitos na abordagem das dores cervicais.

Portanto, esta técnica não traz benefícios suficientemente respaldados para que seja empregada no tratamento de patologias que gerem dores cervicais, sendo necessárias mais investigações para suportar sua empregabilidade. Uso do colar cervical. Considerando os efeitos adversos provocados pela imobilização prolongada nos tecidos e o fato de que o uso do colar cervical é uma intervenção inteiramente passiva, seu uso apropriado deve ser o de adjuvante para propósitos paliativos e não como tratamento primário. Sua utilização apresenta evidências inconclusivas ou não denota benefícios na redução do quadro álgico. É ainda importante ressaltar que seu uso pelo período de 72 horas provavelmente prolonga as deficiências geradas pela patologia.

Considerações Finais

As RC frequentemente resultam de hérnia discal ou espondilose cervical, sendo uma causa comum de dor e parestesia no membro superior. O exame clínico, estudos radiográficos e eletrodiagnósticos possibilitam uma localização acurada da patologia. Seu tratamento conservador é multidisciplinar e apresenta bons resultados, todavia são necessários mais estudos a este respeito, em virtude de controvérsias observadas na literatura.