sábado, 29 de março de 2014

Reequilíbrio Somato Emocional (R.S.E)


O que é reequilíbrio Somatoemocional (R.S.E.)?

O Reequilíbrio Somatoemocional (R.S.E.) é um método inovador e revolucionário que possui a capacidade de tratar alterações e distúrbios sensório-perceptivos bem como perda da consciência corporal do paciente.

Como surgiu o R.S.E.?

O R.S.E. foi desenvolvido pelo fisioterapeuta Carlos Barreiros que ao tratar de inúmeros pacientes com depressão, ansiedade e estresse crônico iniciou uma série de pesquisas em neurofisiologia e neurociência fundamentando uma nova metodologia terapêutica. A formação com o professor Barreiros é restrita, onde poucos profissionais são habilitados a exercer o Reequilíbrio Somatoemocional, exige-se uma formação sólida do profissional e este deverá cumprir uma série de requisitos clínicos para ser considerado apto como terapeuta somato-emocional, atualmente poucos profissionais no Brasil e Portugal possuem esta formação.

Quais as indicações de um tratamento com R.S.E ?

O número de alterações e distúrbios que podem ser tratados por R.S.E. é extenso, mas para citar apenas alguns podemos salientar: a depressão, fibromialgia, as dores crônicas, as alterações da imagem corporal que ocorrem em pacientes com bulimia, anorexia e pós-cirurgias de redução de medidas e estômago, além obviamente de pacientes com ansiedade crônica e estresse. Como o tratamento atua sobre as vias sensoriais os atletas também podem ser beneficiados para melhorar a sua performance.

Reequilíbrio Somatoemocional e Liberação Somatoemocional são a mesma coisa?


Não. Muito pelo contrario! A liberação somato-emocional é uma parte da chamada terapia crânio-sacra de Upledger onde qualquer pessoa que tenha interesse pode tornar-se um terapeuta “crânio-sacro” e irá enviar uma “energia“ ao paciente para que este libere seus “quistos” de energia e emoções bloqueadas.
O reequilíbrio somatoemocional é um método terapêutico baseado em neurofisiologia e nas últimas descobertas da neurociência. Somente profissionais de nível superior da área da saúde podem fazer a formação e somente profissionais fisioterapeutas estão habilitados a realizarem a formação completa.
O tratamento é corporal e o profissional ainda dispõe de inúmeras técnicas terapêuticas para junto com o paciente contextualizar suas dificuldades e as repercussões destas em sua própria vida.

Por que os profissionais fisioterapeutas são os mais indicados a realizarem esta formação?

Os fisioterapeutas são os profissionais com mais conhecimento biomecânico e atuam sobre o corpo (somato), sobre todas as vias neuronais disponíveis e para atuar com R.S.E. é necessário um conhecimento muito específico em áreas do sistema nervoso de maneira mais funcional.

Por que pacientes com depressão podem se beneficiar deste tratamento?


Sabe-se que a depressão envolve uma gama de alterações e acomete a produção e utilização de neurotransmissores.
A estimulação de determinadas vias sensoriais e a percepção corporal influencia mutuamente estes mesmos neurotransmissores.Isto faz com que o tratamento com R.S.E. possa ser um importante suporte a estes pacientes.

Pacientes com dor crônica e fibromialgia também seguem os mesmos critérios da depressão?

Em parte sim, mas são alterações diferentes, portanto o profissional irá avaliar neurofisiologicamente quais as vias mais importantes para cada caso e quais as repercussões destas mesmas vias. Atuando sobre estas poderá reequilibrar o corpo (somato) e caso existam tensões ligadas a um contexto emocional isto também será mobilizado e reequilibrado

Como se desenvolve a consulta de R.S.E.?

Em primeiro lugar o paciente passa por uma extensa avaliação por parte do fisioterapeuta. É o profissional que determinará quantas consultas serão realizadas bem como o tempo necessário para o tratamento. Em média cada consulta possui um tempo mínimo de 50 minutos.

Qual é o custo benefício do tratamento de R.S.E. ?

As consultas são extremamente pormenorizadas exige-se um conhecimento muito aprimorado por parte do profissional e o acompanhamento terapêutico do paciente é geralmente o que mais chama atenção, pois é totalmente individualizado, podendo o custo da consulta ser ligeiramente mais elevado do que de outras terapias.


Fisioterapia Cardiorrespiratória



A especialidade Fisioterapia Respiratória (antiga nomenclatura Pneumofuncional) foi reconhecida pelo COFFITO através da Resolução Nº 318, de 30 de Agosto de 2006. Desta forma, a Fisioterapia Respiratória é uma especialidade própria e exclusiva do profissional de Fisioterapia. Além disto, existem cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, devidamente reconhecidos pelo MEC/INEP, que formam especialistas nesta especialidade e/ou, de forma mais especifica, das áreas de Terapia Intensiva, Respiratório e/ou Cardiorrespiratória.
A Fisioterapia é parte integrante e importante nesse processo, pois atua em diferentes fases, e tem como objetivo principal proporcionar o desenvolvimento e a manutenção da capacidade de realizar exercícios físicos. Essas atividades são realizadas pelo Fisioterapeuta Cardiorrespiratório e a intensidade e a frequência dependerá do estado clínico dos pacientes que a realizarão.

Onde e como o Fisioterapeuta Cardiorrespiratório atua no processo de Reabilitação Cardiovascular?

O Fisioterapeuta Cardiorrespiratório atua nos hospitais, dentro da unidade de terapia intensiva (UTI), junto aos pacientes que tiveram infarto do miocárdio ou foram submetidos a procedimentos cirúrgicos (“ponte de safena”, angioplastia). Nesses casos o tratamento objetiva prevenir as possíveis complicações do infarto ou da cirurgia e promover a readaptação do paciente às atividades físicas básicas, como as empregadas na locomoção, alimentação e higiene. Quando o paciente vai para a enfermaria são incluídos outras atividades, como os treinos de caminhada, resistência, equilíbrio e alongamento. Tudo é realizado para que o paciente possa retomar suas atividades cotidianas com segurança. O Fisioterapeuta Cardiorrespiratório também atua em clínicas e ambulatórios

Quais atividades podem ser realizadas pelo Fisioterapeuta Cardiorrespiratório em clínicas ou ambulatórios?

Quando os pacientes saem do hospital, eles são orientados a permanecer realizando o recondicionamento físico em clínicas de fisioterapia ou ambulatórios. Os Fisioterapeutas Cardiorrespiratórios podem, então, realizar diferentes tipos de testes para avaliar a capacidade de realizar estes exercícios físicos. Alguns desses testes são realizados em conjunto com médicos cardiologistas e pneumologistas, e de acordo com os resultados encontrados são elaborados programas individuais de recondicionamento físico para que o paciente alcance seus objetivos de maneira segura e no menor período de tempo possível. No programa de recondicionamento físico são aplicados exercícios físicos do tipo aeróbio, como caminhada, corrida, ciclismo e atividades em piscinas, bem como exercícios de alongamento, fortalecimento muscular, equilíbrio e coordenação, que podem ser realizados individualmente ou em pequenos grupos.

Que atividades são realizadas para complementar o programa de recondicionamento físico na Reabilitação Cardiovascular ?

Para complementar as atividades de recondicionamento físico, são programadas atividades educacionais que objetivam a orientação dos pacientes e seus familiares em relação às doenças, aos hábitos de vida e fatores de risco, a inatividade física, o estresse, a alimentação e o hábito de fumar.


sábado, 22 de março de 2014

Aparelhos e Equipamentos que Auxiliam Alguns Tratamentos Fisioterápicos

Laser


O Tratamento com Laser na Fisioterapia

Laser significa Amplificação de luz por emissão estimulada de radiação. Na fisioterapia os raios laser são produzidos por uma mistura de hélio/neônio (632,8nm).
A mistura hélio/neônio produz uma luz vermelha e a mistura infravermelha não produz luz.
O laser é um tipo de radiação eletromagnética não ionizante, monocromática. Suas ondas propagam-se com a mesma fase no espaço e no tempo. Sua direcionalidade permite a obtenção de alta densidade de energia concentrada em pequenos pontos.
A fim de descrever um laser, deve-se medir:

o comprimento de onda em nanômetros;
a duração total de pulso,
o índice de repetição
o tempo total de exposição;
a intensidade de energia e de potência em joules por centímetro quadrado;
a irradiação em watts por centímetro quadrado.
A monocromaticidade faz com que o raio laser seja absorvido por uma cor única, por exemplo: um raio vermelho (He/Ne) é absorvido por zonas vermelhas do organismo como os vasos capilares. Ele atravessa a estrutura cutânea e subcutânea sem ser absorvido por esta e sem comunicar-lhe sua energia que será comunicada apenas nos vasos capilares.
Por sua vez, a intensidade da reação biológica depende da reabsorção, reflexão e transmissão do comprimento da onda; da densidade de energia; do tempo de exposição; e do fluxo sangüíneo.

Características do Laser
Essas características proporcionam propriedades terapêuticas importantes (tróficoregenerativas, anti-inflamatórias e analgésicas). Promovem um aumento na microcirculação local, na circulação linfática, proliferação de células epiteliais e fibroblastos, assim como aumento da síntese de colágeno.
Monocromaticidade - o laser é diferente de outras fontes de luz, porque é monocromático (apenas um comprimento de onda).
Coerência espacial - Ele obedece as leis da física. Substâncias específicas são estimuladas eletricamente para emitir radiações que produzem maiores níveis de energia.
Colimação - o feixe de luz é sempre paralelo (quer seja projetado de poucos centímetros, quer de longa distância), mantendo sempre o mesmo comprimento de onda sendo esta uniforme e concentrado no raio altas densidades de energia.
Brilho - a potência emitida é elevada mais do que qualquer outro raio não laser.

Os protocolos de utilização do laser terapêutico devem considerar a fase do processo inflamatório em que o paciente se encontra. As densidades de energia para aumentar a circulação local e promover analgesia então entre 2 e 4Jcm2.
Quando o objetivo é a cicatrização tecidual, a densidade deve estar na faixa de 6 a 8Jcm2. O número de pontos irradiados depende do tamanho da área a ser tratada.

Efeitos do Laser

1. Aumenta a síntese de colágeno - útil para reparo tecidual.

2. Aumenta a permeabilidade das membranas celulares com maior eficiência da bomba de sódio.

3. Aumenta o número de fibroblástos e promove tecido de granulação - útil para cicatrização de corte.

4. Aumenta os níveis de prostaglandinas. Causa um aumento na ATP celular, que é útil para mitigação da dor.

5. Ação anti-inflamatória

Aplicações Clínicas

Sua principal indicação são os quadros patológicos em que se deseja obter melhor qualidade e maior rapidez do processo reparacional (quadros de pós-operatório, reparação de tecido mole, ósseo e nervoso), quadros de edema instalado (onde se busca uma mediação do processo inflamatório), ou nos quadros de dor (crônicas e agudas).
Cirúrgicas - Pode ser usado para cortar ou cicatrizar especialmente em casos cirúrgicos onde a perda de sangue seja um risco para o paciente. Como uma faca ele pode cortar e com grande precisão extirpar poucas células. Pode também estancar hemorragia como por exemplo uma hemorragia gastrointestinal.

Oftalmologia - O laser pode passar através do olho e ser focado em um pequeno ponto de tratamento.

Estética - No combate a celulite, na dissolução de gorduras e na recanalização dos vasos linfáticos drenando a linfa.

Na Fisioterapia os benefícios do Laser diminuem o tempo de tratamento e ajudam

* na cicatrização de ferimentos,
* no fechamento de feridas abertas, úlceras e feridas pós-operatórias,
* na velocidade de condução do nervo
* nas artropatias degenerativas e inflamatórias
* no alívio da dor; tanto em pontos gatilhos quanto em pontos de acupuntura.
* tem efeitos benéficos em lesões de tecidos moles - tendões, ligamentos e músculos e até em fortalecimento de tendões e ligamentos.

Contra-indicações

1 - Carcinoma.
2 - Irritação cutânea.
3 - Tratamento do tórax em pacientes cardíacos
deve ser evitado, juntamente naqueles que têm marca-passo.
4 - Olhos.



Fonte: http://fisioterapiaquintana.blogspot.com.br/ - por Roberto Quintana
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http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/29989/laser-o-que-e-e-como-funciona#ixzz2wihJZ0v2

Algumas patologias tratadas pela fisioterapia

Síndrome do Túnel do Carpo

O que é ?

Síndrome do túnel do carpo é uma afecção comum e dolorosa do punho e da mão.


Como ocorre?

É causada pela pressão no nervo mediano no punho. Pessoas que fazem movimentos repetitivos do punho e da mão tendem a desenvolver essa síndrome.
Essa pressão no nervo também pode acontecer por fratura ou outro trauma, que cause inflamação e edema. Além disso, a pressão pode ser causada por artrite, diabetes, hipotiroidismo ou durante a gestação.

Quais os sintomas?

• Dor e falta de coordenação na mão e punho, principalmente no polegar e dedos do meio.
• Aumento da dor com o maior uso da mão.
• Aumento da dor à noite.
• Perda da força e tendência a deixar cair objetos que estejam nessa mão.
• Hipersensibilidade ao frio.
• Deterioração muscular (quando a síndrome é severa).

Como é feito o diagnóstico?

O médico revisará os sintomas, examinará a mão e analisará as maneiras em que o paciente usa a mão.

Como é o tratamento?

Se existe alguma doença causando a síndrome, o tratamento dessa doença base irá aliviar os sintomas. Outra parte do tratamento foca no alívio da inflamação e pressão no nervo:

• Restringindo o uso da mão ou mudando a maneira de utilizá-la.
• Usando uma tala para dormir e para fazer atividades manuais.
• Fisioterapia.

O médico poderá também prescrever medicamentos com cortisona ou antinflamatórios não esteroidais. Em alguns casos, quando o paciente não responde ao tratamento conservador, a cirurgia é recomendada.

Quanto tempo os efeitos durarão?

Isso irá depender da causa determinante da síndrome e da resposta ao tratamento.
Algumas vezes os sintomas desaparecem sem nenhum tratamento. Quando a causa da síndrome é a gravidez, os sintomas costumam desaparecer curto período após o nascimento do bebê.

Como melhorar?

Seguindo as recomendações médicas:

• Manter o braço elevado, com auxílio de travesseiros.
• Evitar atividades manuais.
• Adaptar o uso da mão para uma maneira mais saudável.
• Evitar manter a mão flexionada por longos períodos.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?

O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente recuperar a força da mão e braço, sendo capaz de segurar objetos com a mão acometida, sem sentir dor e quando não tiver limitações de movimento.

Como prevenir?

A melhor maneira de prevenção é evitando o uso excessivo da mão, mas quando não puder ser evitado, deve ser feito da maneira mais confortável possível.

Exercícios de reabilitação da Síndrome do Túnel do Carpo:

*Atenção, cuidado ! Sempre faça os seus exercícios acompanhado por um profissional*

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Movimentação Ativa:

(Mantenha cada posição por 5 segundos, repita 10 vezes e faça 3 séries.)

A – Flexão: Gentilmente flexione o punho para frente

B – Extensão: Leve a mão para trás, estendendo o punho.

C – Lateralmente: Leve a mão de um lado para outro



2 - Alongamentos:

A: Coloque as duas palmas em uma mesa e incline o corpo para frente, sem tirá-las da mesa. Mantenha 30 segundos e repita 3 vezes.

B: Com a sua m ão não lesionada, ajude a flexionar o punho lesionado. Mantenha 30 segundos. Ajude agora a estender o punho, colocando a mão não lesionada na palma da mão lesionada. Mantenha 30 segundos e repita 3 vezes.


3- Exercício Para o Tendão:

Comece com os dedos da mão lesionada estendidos e flexione-os.

Mantenha 5 segundos e relaxa.

Faça 3 séries de 10 repetições.


4 - Flexão de Punho:

Segurando uma lata de molho de tomate, com a palma da mão para cima, flexione o punho.

Lentamente, volte à posição inicial.

Faça 3 séries de 10 repetições.


5 - Extensão de Punho:

Com a palma da mão para baixo, segurando uma lata de molho de tomate, lentamente, traga a mão para cima. Volte à posição inicial.

Faça 3 séries de 10 repetições.


6 - Flexão de Dedos:

Segure uma bola de borracha e aperte-a o máximo possível, mantenha por 5 segundos e relaxe.

Faça 3 séries de 10 repetições.



domingo, 16 de março de 2014

Algumas patologias tratadas pela fisioterapia

Fibromialgia 


O que é fibromialgia

O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono . No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido. Isso porque acreditava-se que houvesse o envolvimento de um processo inflamatório muscular, daí a terminação “ite”.
Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional, motivos que plenamente justificam que o paciente seja levado a sério em suas queixas. Como não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento.
A partir da década de 80 pesquisadores do mundo inteiro têm se interessado pela fibromialgia. Vários estudos foram publicados, inclusive critérios que auxiliam no diagnóstico dessa síndrome, diferenciando-a de outras condições que acarretem dor muscular ou óssea. Esses critérios valorizam a questão da dor generalizada por um período maior que três meses e a presença de pontos dolorosos padronizados.
Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Assim sendo, uma infecção, um episódio de gripe ou um acidente de carro, podem estimular o aparecimento dessa síndrome. Por outro lado, os sintomas de fibromialgia podem provocar alterações no humor e diminuição da atividade física, o que agrava a condição de dor.
Pesquisas têm também procurado o papel de certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no sono e no humor. Muito se tem estudado sobre o envolvimento na fibromialgia de hormônios e de substâncias que participam da transmissão da dor. Essas pesquisas podem resultar em um melhor entendimento dessa síndrome e portanto proporcionar um tratamento mais efetivo e até mesmo a sua prevenção.

Fibromialgia em Pacientes

Os mais comuns e característicos sintomas da fibromialgia são dor, fadiga e distúrbio do sono.
A dor é o principal fator que leva o paciente a procurar cuidados médicos. As queixas dos pacientes em relação aos sintomas dolorosos são expressas com palavras do tipo: pontada, queimação, sensação de peso, entre outras.
O paciente apresenta dificuldade na localização precisa do processo doloroso. Alguns têm a impressão de que ela ocorre nos músculos, outros nas articulações, enquanto uma parte relata que a dor se localiza nos ossos ou "nervos".
Uma grande parte destes pacientes se queixa de dor difusa, referindo-se à dor com expressões do tipo: "dói o corpo todo" ou "dói tudo, doutor", quando interrogados sobre a sua localização.
Tem se demonstrado, por meio de diversos estudos, a diminuição da produtividade e da qualidade de vida na fibromialgia. Isso justifica o crescente interesse da classe médica no estudo dessa entidade clínica.

Fibromialgia Juvenil 


Introdução 

O reconhecimento das doenças que se manifestam com dor na infância é importante no sentido de se tentar melhorar o desempenho e a qualidade de vida da criança. Dentre essas condições dolorosas destaca-se a fibromialgia que manifesta-se com dor musculoesquelética difusa crônica sem acometimento inflamatório ou envolvimento articular. Na infância a fibromialgia tem sido descrita desde 1985 por Yunus & Masi, sendo que, desde então, diversos autores têm se interessado pelo tema.

Qual a Prevalência da Fibromialgia Juvenil? 

As manifestações da fibromialgia tendem a ter início na vida adulta, no entanto 25% dos pacientes referem apresentar sintomas dolorosos desde a infância.
De fato, as queixas musculoesqueléticas são muito comuns na infância e adolescência. Em escolares a prevalência de dores musculoesqueléticas é de 1,2 a 7%, com idade média de 10 anos. Esse diagnóstico torna-se progressivamente mais freqüente com o aumento na faixa etária de 8 a 21 anos. A presença de dores em alguma parte do corpo nos últimos três meses ocorre em 70% das crianças, ao menos uma vez por mês, em 32%, ao menos uma vez por semana, sendo mais rara a queixa de dor diária. Um levantamento mexicano observou que 1/3 de crianças pré-escolares apresenta queixas dolorosas musculoesqueléticas e 1,3% destas preenchem critérios para fibromialgia.
Em ambulatórios de Reumatologia Pediátrica a freqüência de dores musculoesqueléticas pode chegar a 55% dos atendimentos. Um estudo realizado por um período de 8 anos, com 81 adolescentes atendidos ambulatorialmente, demonstrou que 50% destes apresentavam dores difusas e 50% dores localizadas. Dos que apresentavam dores difusas, 81% dos casos preenchiam critérios para fibromialgia, sendo que 10% dos pacientes com dores localizadas evoluíram com queixas dolorosas difusas.
Quanto ao sexo, a fibromialgia juvenil é mais freqüente em meninas, em torno de 75% dos casos. Por outro lado, um estudo de 60 atendimentos consecutivos de adolescentes do sexo feminino em um ambulatório de Reumatologia demonstrou que 32% das pacientes preenchiam critérios para fibromialgia.
As manifestações dolorosas crônicas tendem a agrupar-se em famílias ditas “dolorosas”. A presença das queixas dolorosas entre os membros de uma família e ao longo de gerações pode relacionar-se a mecanismos genéticos, ambientais ou comportamentais. Até já foi sugerida uma transmissão genética, no entanto estudos subseqüentes não confirmaram esta hipótese, demonstrando que a freqüência de fibromialgia em filhos de pacientes com fibromialgia é de apenas 28%. Inversamente, estudando crianças com fibromialgia, a probabilidade destas apresentarem mães com o mesmo diagnóstico é de 71%.
Parentes de pacientes com fibromialgia apresentam mais freqüentemente piora da qualidade de vida, grande número de pontos dolorosos e o diagnóstico de fibromialgia está presente em 25% destes. Deve-se considerar ainda que crianças com fibromialgia e seus pais apresentam maior freqüência de fadiga quando comparados a crianças com artrite reumatóide juvenil.

Por que a Fibromialgia Juvenil ocorre? 

Apesar de não se saber o que causa a fibromialgia juvenil, diversos fatores estão envolvidos em suas manifestações, fazendo que a criança fique mais sensível frente a processos dolorosos, a esforços repetitivos, à artrite crônica, a situações estressantes como cirurgias ou traumas, processos infecciosos e distúrbios psicológicos Acredita-se que exista uma interação de fatores genéticos, neuroendócrinos, psicológicos e distúrbios do sono predispondo o indivíduo à fibromialgia.

Como se manifesta a Fibromialgia? 

O diagnóstico de fibromialgia baseia-se na pesquisa de pontos de dor de acordo com o que é padronizado pelo Colégio Americano de Reumatologia desde 1990. Assim, é necessária a presença de queixas dolorosas musculoesqueléticas difusas, na vigência de 11 dos 18 pontos padronizados, que são pesquisados por meio de digitopressão. Os pontos dolorosos correspondem a inserções de tendões ao osso ou a músculos.
A dificuldade em se avaliar as queixas dolorosas em crianças ocorre devido à certa disparidade entre as queixas da criança e o que é referido pelos pais. Soma-se a isso a credibilidade da informação obtida da criança. Portanto, a pesquisa dos pontos de dor deve ser feita de forma cautelosa e, às vezes, torna-se necessária mais de uma consulta, em intervalos de tempo de uma semana a um mês para a confirmação dos achados. Quanto mais nova a criança, mais difícil se torna firmar o diagnóstico de fibromialgia.
Além disso, comparando-se crianças com fibromialgia e com artrite reumatóide juvenil, as com fibromialgia apresentam maior fadiga, queixas dolorosas mais proeminentes e maior número de pontos dolorosos. Assim como no adulto, na fibromialgia juvenil queixas de sono não restaurador, ansiedade, cefaléia, parestesias e sensação subjetiva de edema de extremidades estão presentes. Nos casos de síndrome da fadiga crônica descritos em crianças, quase 30% dos pacientes preenchem critérios para fibromialgia.
Na fibromialgia primária não foram observadas alterações nas provas laboratoriais, exame radiológico, eletromiográfico ou histopatológico. A polissonografia pode apresentar alterações como a redução da quantidade do sono de ondas lentas ou a intrusão de ondas alfa nesses estágios do sono onde predominam as ondas delta e aumento no número de despertares.
O diagnóstico de fibromialgia não exclui a presença de outras doenças, como a artrite crônica juvenil, hipermobilidade ou a associação com o hipotireoidismo, tendo sido descritos casos em zonas endêmicas para a doença de Lyme, que é causada pela mordedura de carrapatos.
A hipermobilidade e as dores musculoesqueléticas são freqüentes em pré-adolescentes, mas a primeira não parece ser um fator determinante para as manifestações dolorosas. Da mesma forma a associação entre fibromialgia e hipermobilidade é controversa, sendo necessários estudos a longo prazo.
Apesar de estar muitas vezes associada a distúrbios emocionais, a fibromialgia não é uma condição psicogênica. Crianças com fibromialgia orientadas quanto à forma de lidar com a sua sintomatologia não apresentam diferença significante no ajustamento psicológico e relacionamento familiar quando comparadas a outras crianças. Por outro lado, as dificuldades familiares e a vida estressante podem estar presentes na história de crianças com condições dolorosas crônicas sem que uma relação causa-efeito possa ser estabelecida.

Como é o Tratamento da Fibromialgia Juvenil? 

Estratégias para lidar com os sintomas dolorosos têm se mostrado eficazes, como a terapia cognitiva , que promove relaxamento muscular, redução da dor, melhora do sono e do humor.
Com base nos estudos sobre fibromialgia no adulto, exercícios aeróbicos de baixo impacto apresentam efeito benéfico, independente das outras modalidades terapêuticas empregadas.
Poucos são os estudos quanto ao uso de medicamentos na fibromialgia juvenil. Foi descrito o uso de ciclobenzaprina, eficaz em 73% dos casos e de amitriptilina, 0.5 mg/kg em casos esporádicos.

O que vai acontecer com crianças que apresentam Fibromialgia Juvenil? 

Em adultos as manifestações da fibromialgia se mantêm ao longo dos anos, no entanto, em crianças o futuro parece ser mais favorável. O acompanhamento de 15 crianças em idade escolar durante 30 meses mostrou que 73% melhoraram dos sintomas de dor, mesmo sem o uso de medicamentos. Outro estudo, de 37 crianças com dores musculoesqueléticas durante um período de 9 anos, mostrou que 40% não mais apresentavam as queixas dolorosas após um período médio de 2 anos. Os fatores determinantes para o tipo de evolução que a fibromialgia juvenil irá apresentar são a duração da história de dor, a freqüência de queixas difusas e o ambiente familiar.
A fibromialgia juvenil leva à incapacidade funcional da mesma forma que outras doenças reumatológicas da infância. A limitação causada pela fibromialgia é função do ajuste psicológico e condicionamento físico da criança ou adolescente, bem como da sua capacidade em lidar com os sintomas dolorosos.
As dores musculoesqueléticas na infância e adolescência constituem uma entidade complexa, com múltiplas etiologias.
Acometem 4,2 a 15,5% das crianças e correspondem a 7% dos casos atendidos no ambulatório de pediatria geral, freqüência esta semelhante à verificada para as dores abdominais recorrentes e cefaléia. Nos serviços de reumatologia pediátrica 26% dos casos atendidos referem dores musculares e articulares indefinidas; o diagnóstico de fibromialgia é possível de ser feito em 55 a 88% das crianças que apresentem dores musculoesqueléticas difusas.
O primeiro estudo controlado prospectivo sobre a fibromialgia juvenil foi realizado em 1985, quando foram acompanhadas 33 crianças por um período de três anos.
A idade de início dos sintomas variou de 5 a 17 anos, com maior freqüência no sexo feminino (84% dos casos), predominando em meninas adolescentes (entre 13 e 15 anos) com manifestações dolorosas, musculoesqueléticas difusas ou localizadas. A duração das queixas foi de 3 a 122 meses, em média de 30 meses, influenciadas por fatores moduladores, com piora das queixas, em especial, com o clima frio, úmido e com a sobrecarga física. Os autores observaram grande freqüência de dores musculoesqueléticas (97%), rigidez muscular (79%), sono não restaurador (100%), fadiga matinal (91%) e ansiedade (70%). Os tender points, ou seja, os pontos dolorosos, foram observados, mais freqüentemente, na região cervical, seguindo-se a interlinha medial dos joelhos e o epicôndilo lateral. Em comparação com a população adulta previamente estudada pelos autores, foram mais comuns nas crianças a presença de sensação subjetiva de edema, dor em tornozelos e piora dos sintomas com esforço físico.
Queixas relacionadas com distúrbios do sono ocorrem em 62 a 75% dos pacientes com fibromialgia, em comparação com 9% dos indivíduos saudáveis e até 38% nos pacientes portadores de artrites crônicas. Na população pediátrica, 67 a 73% das crianças fibromiálgicas referem dormir mal e 100% referem fadiga ao despertar, indicando padrão de sono não restaurador.

A "cura" da fibromialgia 

Recentemente, foi veiculado, em programa de alcance nacional, um tratamento baseado nos princípios da medicina ortomolecular para a "cura da fibromialgia". O tratamento baseado em soros para "matar" os micro-organismos que causariam a fibromialgia, duraria três meses e custaria cinco mil reais. Associado a isso, um programa de musculação para transformar as fibras 2b em 2a. Tive a oportunidade de assistir à matéria e gostaria de fazer alguns comentários:

1) A medicina ortomolecular não é baseada em evidências científicas, e por esse motivo não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como especialidade médica.
2) Não existe nenhuma evidência científica que a fibromialgia é causada por micro-organismos. Isto é uma afirmação falsa.
3)A musculação pode ser útil na fibromialgia, mas não para a transformação de fibras musculares e sim por que toda a atividade física é importante no tratamento da fibromialgia.
4) Infelizmente não existe uma cura para a fibromialgia - a Medicina séria e científica não esconderia este fato do público, e sim trabalharia para ampliar o acesso a esse tratamento para todos os pacientes, inclusive pelo SUS e GRATUITAMENTE.

Tratamento de Fisioterapia para Fibromialgia


A fisioterapia é muito importante para o tratamento da fibromialgia pois ela consegue diminuir a dor, o cansaço, promover o relaxamento, melhorar a flexibilidade e a qualidade do sono destes indivíduos.
Alguns recursos fisioterapêuticos que ajudam a controlar os sintomas da fibromialgia são:
Aparelhos de eletroterapia como laser, ultrassom, TENS e biofeedback que podem ser utilizados para combater os pontos dolorosos da fibromialgia e melhorar a circulação local; e
Recursos fisioterapêuticos manuais como massagem, quiropraxia e exercícios de alongamentos, que ajudam a diminuir a dor, aumentam a mobilidade e a flexibilidade, combatem a fadiga e melhoram a qualidade do sono.
Quando a fisioterapia é utilizada em conjunto com a prática de exercícios de baixa intensidade como caminhar, fazer Pilates, nadar ou andar de bicicleta os resultados são ainda melhores. Isso porque os exercícios melhoram o funcionamento cardiorrespiratório, produzem endorfinas, melhoram a qualidade do sono e fortalecem os músculos combatendo a fadiga e o cansaço.
Entretanto, como a fibromialgia é uma doença crônica, o indivíduo poderá potencializar o tratamento recorrendo à acupuntura, auriculoterapia, reflexologia, terapia do sono, aromaterapia e fitoterapia, se achar necessário, para conseguir diminuir drasticamente os sintomas da doença e assim melhorar a sua qualidade de vida.



Fonte: http://fibromialgia.com.br/ Revista de Atualização Médica RAM
15 de outubro de 1999 n° 6 ano 1 - Eduardo S. Paiva Reumatologista - Chefe do Ambulatório de Fibromialgia do HC-UFPR
http://tuasaude.com/ Marcelle Pinheiro (Fisioterapeuta)

Aparelhos e Equipamentos que Auxiliam Alguns Tratamentos Fisioterápicos

Turbilhão


É uma forma de hidroterapia em que usamos a água de forma turbilhonada, a uma pressão e temperatura pré estabelecida com finalidade terapêutica
A agitação, ou o turbilhonamento, da água é em geral conseguido às custas de uma impulsão conseguida à base de pás ou hélices mecânicas, que giram por força de um motor, ou por injeção sob pressão de ar comprimido dentro do tanque, ou da banheira.
Os benefícios efeitos produzidos pelos banhos de turbilhão resultam da ação combinada do calor e da suave massagem da água.

Temperatura:

32°C – tonifica os músculos
37 a 38°C – relaxamento muscular
38 a 40°C – vasodilatação; aumento da circulação sanguínea; diminuição da pressão arterial; aumento do metabolismo; é mais sedante e analgésico.
Abaixo de 25°C – pode ser usado no tratamento de regiões edemaciadas.

A pressão do jato de turbilhonamento pode ser regulado para mais ou para menos, e deve ser utilizados por massageamento da região, dessensibilização de coto, diminuição de aderências e fibroses, e alívio de contratura muscular.

Tipos de turbilhão:

Para membros inferiores, para membros superiores e de meio decúbito.

Materiais e acessórios:

O gabinete que contém a água pode ser de aço inoxidável, de fibra de vidro, ou cimento revestido com azulejo.
Deve possuir uma válvula para entrada e saída da água
Termômetro
Termostato
Adaptações para posicionar o paciente
Cadeira giratória
Jato turbilhonável (com regulagem)
Resistência elétrica para aquecimento da água

Tempo de tratamento:

Em torno de 20 a 40 minutos

Técnica de tratamento:

Limpar a área com água e sabão neutro ou solicitar ao paciente que faça uma ducha antes do tratamento
Direcionar o jato em toda a extensão do segmento, mudando sua posição por algumas vezes durante o tratamento, ou realizar movimentos durante todo o período de tratamento.
Deve-se fornecer meios ao paciente para que possa enxugar a região após tratamento
É recomendável que se junte à água uma substância anti-séptica. Na falta de uma droga mais adequada, pode ser usada uma solução de permanganato de potássio, bem diluída.
É recomendável que se troque a água ao iniciar um novo dia de trabalho e pelo menos mais uma vez ao dia durante as sessões de tratamento.
Pode ser usados o turbilhão com água com gelo, onde há associação da crioterapia e da massagem de turbilhão.

CUIDADOS E PRECAUÇÕES

Observar o estado geral do paciente durante o tratamento, principalmente nos turbilhões de meio decúbito.
Evitar deixar o paciente sozinho
Não ligar a resistência com o aparelho sem água
Evitar que o paciente toque na resistência
Evitar anti-sépticos espumantes
Evitar pacientes com doenças contagiosas
O piso da área deve ser antiderrapante.

INDICAÇÕES

Artralgia
Artrite
Anquilose
Contusão
Contratura
Coto doloroso
Distensão
Espasticidade
Hipertonia
Fibrose
Pré cinético
Mialgias e etc.

CONTRA-INDICAÇÕES

Estado febril
Processo inflamatório agudo
Edema
Doenças dermatológicas
Feridas abertas e etc



Fisioterapia Preventiva

Previna-se


O que é

A fisioterapia preventiva é uma série de exercícios físicos e respiratórios realizados por fisioterapeutas que servem até como alternativa ao exercício físico

Por que fazer?

Nas idades mais avançadas, é comum haver diminuição da capacidade motora e surgirem doenças degenerativas que podem dificultar a prática de atividades físicas tradicionais e até prejudicar a qualidade de vida do idoso

As opções

A fisioterapia clínica, feita geralmente com indicação médica, usa terapias e técnicas manuais para alívio de problemas já existentes, como inflamações, dores e problemas ortopédicos e neurológicos. Outra opção é a hidroterapia, técnica realizada na piscina aquecida com o uso de aparelhos

Vantagens

Os exercícios ajudam a prevenir doenças, como a hipertensão arterial, diabetes, osteoporose e tendinites, doenças cardíacas, artrose, hérnias e bursites. E, ainda, colaboram no controle da insônia, ansiedade, depressão, dores nas articulações e músculos, além de melhorar a flexibilidade, equilíbrio, coordenação, concentração, postura, relaxamento muscular. Também aumentam a autoestima

Alternativas

É comum os fisioterapeutas trabalharem com tratamentos alternativos, como acupuntura, massagens com pedras quentes e pilates, com ótimos resultados

Cuidados

Quem está bem de saúde pode procurar um fisioterapeuta como alternativa ao exercício físico - o idoso irá passar por uma avaliação física. Para quem sente dores ou tem algum problema de saúde, o melhor é ser encaminhado por um médico.

A Fisioterapia Preventiva na Terceira Idade


A chegada da terceira idade, muitas vezes, vem acompanhada de problemas desagradáveis. O corpo mais frágil nem sempre permite que a prática de exercícios físicos seja agradável ou possível. E doenças graves, como problemas cardíacos, dores musculares e articulares são perigos comuns.
Mas um fisioterapeuta pode ajudar a prevenir que esses problemas surjam ou se agravem, dando mais qualidade de vida para o idoso.
"Pelo processo de envelhecimento, ossos, tendões e músculos ficam mais frágeis. É normal. A fisioterapia preventiva pode evitar problemas ou atuar como reabilitação, prevenindo sequelas como depois de um AVC”, explicou a professora do curso de Fisioterapia da Faculdade Pitágoras de Linhares, Cleidiane Jacomin.
A professora, que é especialista em fisioterapia geriátrica e reumatológica, contou ainda que a fisioterapia preventiva pode ser uma alternativa ao exercício físico.
A fisioterapia preventiva engloba exercícios físicos e respiratórios e pode ser feito até na água - é a hidroterapia. Já a fisioterapia clínica, procura o alívio de problemas já existente como inflamações, dores, problemas ortopédicos e neurológicos.
“O calor da água melhora a flexibilidade, alivia as tensões e facilita os exercícios. O impacto é menor”, disse Cleidiane
Tudo isso pode ser aliado também a terapias alternativas, como pilates, RPG, massagens e acupuntura. “São um tratamento a mais, que são bastante resultado”, explicou.
Os exercícios trazem vários benefícios, como ajudar no controle da insônia, ansiedade, depressão, pressão arterial, dores articulares e musculares. Também melhoram a flexibilidade do corpo, a coordenação, o equilíbrio, a concentração, a postura e aumentam a autoestima.
Tudo isso aliado a terapias alternativas, como pilates, RPG, massagens e acupuntura.
Não há contraindicações. Mas quem tem problema de saúde ou sente qualquer desconforto deve procurar primeiramente um médico. Ao iniciar a fisioterapia também é realizada uma análise completa do estado físico do idoso.“É possível chegar à terceira idade, saudável”, garante a fisioterapeuta.

A Fisioterapia Preventiva no Esporte


Na área esportiva, a fisioterapia vem ganhando espaço e credibilidade, em razão dos constantes estudos e investimentos feitos nesta área.
Antigamente, o principal uso da fisioterapia era voltado para a área de reabilitação, que consiste em tratar uma lesão instalada. Atualmente, o foco se volta cada vez mais para os trabalhos preventivos, que têm o objetivo de evitar atleta sofram lesões e, desta forma, melhorem seu desempenho e rendimento.
A fisioterapia de reabilitação consiste em restaurar os movimentos e funções comprometidas por uma doença ou acidente, diminuir processos inflamatórios, evitar dores, bem como realizar recuperação em fase pós operatória. O trabalho é realizado com ajuda de recursos terapêuticos como eletroterapia (aparelhos que utilizam eletricidade e que reduzem inflamações, dores e inchaços), termoterapia (utiliza calor), fototerapia (realizado com luz artificial), cinesioterapia (terapia feita a partir de movimentos corporais, como alongamento, por exemplo), mecanoterapia (aparelhos mecânicos que auxiliam a fortalecer, alongar e equilibrar musculatura), hidroterapia, massoterapia, crioterapia (gelo), entre outros.
Para realizar o trabalho de prevenção o fisioterapeuta tem que estar habilitado a avaliar o atleta e conhecer a fundo o esporte que o mesmo pratica. A partir daí, serão avaliados pontos principais e individuais que podem gerar uma lesão à curto, médio ou longo prazo.
Os pontos principais avaliados em um atleta de corrida são: postura, passada, tipo de pé e pisada, flexibilidade, equilíbrio de força e resistência muscular, tônus muscular e equilíbrio (ou propriocepção).
Após minuciosa avaliação, os fisioterapeutas procuram minimizar os déficits individuais do atleta, aperfeiçoando qualidades existentes, para que seu corpo trabalhe da forma mais sincronizada possível.
Desta forma, além de diminuir eventuais riscos de lesão, o atleta pode até perceber um ganho de performance por isso!

Fisioterapia Preventiva no Posto de Trabalho


O atendimento aos colaboradores é realizado no posto de trabalho, através de técnicas fisioterapêuticas preventivas.

Objetivos:

a) prevenção das lesões/disfunções ósteo-musculares;
b) manutenção da capacidade física do colaborador;
c) redução dos índices de absenteísmo, consultas médicas e afastamentos a curto prazo;
d) motivação do colaborador (aumento da produtividade).

Vantagens do serviço:

a) atendimento personalizado;
b) resultados imediatos e eficazes;
c) não há necessidade de parar a produção;
d) fácil acesso ao colaborador;
e) custo de implantação ZERO.

Avaliação Cinesiológica Funcional Pré Admissional

As avaliações são agendadas previamente e realizadas nas dependências da empresa. Tem por objetivo promover a saúde ocupacional através de procedimentos fisioterapêuticos que consistem em uma avaliação cinesiológica (física) funcional antes ou durante o processo admissional dos candidatos a colaboradores que iniciarão suas atividades profissionais.
Durante a avaliação, são realizados testes específicos dos segmentos corporais, visando o sistema articular, neural, postura dinâmica (compensações) e força muscular. A partir dos resultados desse procedimento, é possível traçar o diagnóstico precoce das disfunções ósteo-musculares dos candidatos e assim adaptá-los aos postos de trabalhos mais adequados para suas atividades.

Ambulatório de Fisioterapia na Empresa

O objetivo da implantação do ambulatório dentro da empresa é reabilitar e promover a saúde ocupacional, reduzir os índices de absenteísmos e afastamentos, bem como oportunizar ao colaborador o acesso à fisioterapia, curativa ou preventiva, otimizando o tempo da jornada de trabalho.
Os atendimentos ocorrem nas dependências da própria empresa. Os atendimentos são personalizados e executados por profissionais fisioterapeutas com especialização nas áreas propostas.

Analise Ergonômica do Trabalho (AET) e Capacitação de COERGO

Realização de laudos ergonômicos conforme Ministério do Trabalho e Emprego (MTE – NR 17) e análises macro e microergonômicas dos postos de trabalho:
a) Análise dos riscos ergonômicos (gráficos);
b) Aplicação de ferramentas ergonômicas conforme necessidade dos postos de trabalho através de softwares de ergonomia;
c) Entrevistas com os colaboradores;
d) Análise de fotografias e vídeos;
e) Antropometria;
f) Propostas de melhorias ergonômicas;
g) Cronograma de modificações ergonômicas.

A Fisiobem, entre tanto, sugere ainda à empresas, a capacitação e implantação de um Comitê de Ergonomia (COERGO), para o acompanhamento das melhorias ergonômicas sugeridas no projeto e elaboração de um PROJETO DE MELHORIA CONTÍNUA, dando assim continuidade às ações ergonômicas visando melhor qualidade de vida e bem-estar aos colaboradores e aumento da produtividade para empresa.



http://www.runningnews.com.br/ - Fisioterapeuta Tatiana Abreu
http://www.fisiobem.com.br/ - Jonas Edison Wecker - Fisioterapeuta e Ergonomista Especialista em Fisioterapia Manipulativa - Fone: (51) 81199810 - jonas@auladeanatomia.com

terça-feira, 4 de março de 2014

Algumas patologias tratadas pela fisioterapia

Tendinite



Esforços repetitivos, sobrecarga dos tendões, esforços exagerados e fortalecimento muscular desregulado podem ser um das principais causas da tendinite.
As mãos são utilizadas para diversas atividades de vida diária e profissionais e essa função exige precisão. Por este motivo, as inflamações destas regiões são frequentes e incomodam. Vários fatores podem desencadear as dores nas mãos e punhos como: esforços repetitivos, sobrecargas e esforços exagerados. Essa dor pode estar associada a uma inflamação dos tendões e recebe o nome de tendinite.
A sobrecarga no tendão está diretamente relacionada com a força do mesmo, ou seja, quanto mais fraco o tendão mais suscetível a inflamações de sobrecarga ele estará exposto. A maior parte das tendinites surge em adultos sedentários e em idosos já que, com o passar dos anos, os tendões se tornam mais fracos. No entanto, ela também pode surgir em jovens que praticam atividade física intensa e tarefas repetitivas em posições inadequadas.
Os tendões inflamados causam dor sobre o local afetado e a dor pode irradiar ao longo do trajeto do tendão. Outros sintomas são: inchaço e perda de força muscular. Ao surgimento dos primeiros sintomas, o paciente deve procurar auxílio do médico ortopedista. Alguns tratamentos podem aliviar a dor e os incômodos ocasionados pela tendinite, como repouso do local acometido, fisioterapia e o uso de medicamentos anti-inflamatórios.
Evitar exercícios ou atividades que provocam dor, alongamento da musculatura flexora e extensora dos dedos e punho e correção postural também podem ajudar.
O mais importante é a prevenção. Obtenha informações com seu ortopedista com relação a sua postura mais adequada para seu trabalho diário. Ergonomia no ambiente de trabalho - posição da mesa, cadeira, computador.

Dicas e Orientações:

- Evite ficar longos períodos na mesma posição

- Procure fortalecer a musculatura que realiza os mesmos movimentos repetidamente

- É útil realizar alongamentos a cada hora, ou em intervalos regulares

- Procure sempre apoiar os cotovelos na mesa durante as atividades relacionadas ao computador

- Caso o problema continue, inicie o mais rápido possível o tratamento com o médico ortopedista.

Como tratar tendinite do pé e tornozelo

Existem maneiras mais simples de lidar com esse problema. As pessoas costumam sofrer tanto da tendinite do pé quanto do tornozelo, especialmente corredores atletas e aqueles que trabalham andando muito (como os carteiros). De acordo com o Sportsinjuryclinic.com, uma fonte online de esportes e machucados de alta reputação, "O tendão de aquiles é o local de cerca de 11% de todos os ferimentos por corridas." O tratamento de ambos, pé e tornozelo, geralmente inclui uma combinação de descanso, imobilização, gelo, calor, medicação, massagens e exercícios.



Fonte: http://samaritano.org.br/ Dra Kelly Cristina Stefani, médica ortopedista do Hospital Samaritano de São Paulo 
http://ehow.com.br/ Escrito por Rick Suttle Google | Traduzido por Lucas Moreira

Algumas patologias tratadas pela fisioterapia

Lombalgias




O que é Lombalgia?

A lombalgia acontece quando uma pessoa tem dor na região lombar, ou seja, na região mais baixa da coluna perto da bacia. É também conhecida como "lumbago", "dor nas costas", "dor nos rins" ou "dor nos quartos". Não é uma doença, é um tipo de dor que pode ter diferentes causas, algumas complexas. No entanto, na maioria das vezes, o problema não é sério. Algumas vezes, a dor se irradia para as pernas com ou sem dormência.

Causas

Frequentemente, o problema é postural, isto é, causado por uma má posição para sentar, se deitar, se abaixar no chão ou carregar algum objeto pesado. Outras vezes, a lombalgia pode ser causada por inflamação, infecção, hérnia de disco, escorregamento de vértebra, artrose (processo degenerativo de uma articulação) e até problemas emocionais.

Dor nas costas

A lombalgia tem como principais causas a má postura, inflamações e hérnia de disco

Tipos

Há dos tipos de lombalgia: aguda e crônica. A forma aguda é o "mau jeito". A dor é forte e aparece subitamente depois de um esforço físico. Ocorre na população mais jovem. A forma crônica geralmente acontece entre os mais velhos; a dor não é tão intensa, porém, é quase permanente.

Diagnóstico de Lombalgia

Nem sempre é preciso fazer exames como a ressonância magnética. Em mais de 90% das vezes, o diagnóstico e a causa são estabelecidos com uma boa conversa com o paciente e com um exame físico bem feito. Em caso de dúvida, o passo seguinte é a radiografia simples. A densitometria é um exame usado na osteoporose, porém osteoporose não provoca dor. O que dói é a fratura espontânea de uma vértebra enfraquecida pela osteoporose. Portanto, na maioria das vezes, a densitometria não é necessária nos casos de lombalgia.

Tratamento de Lombalgia

Na crise aguda de lombalgia, o exercício está totalmente contra indicado. Deve-se fazer repouso absoluto, deitado na cama. Uma alternativa é deitar de lado em posição fetal (com as pernas encolhidas). Não estão indicados na fase aguda: tração, manipulação, RPG, cinesioterapia, alongamento e massagem.
Exercícios de trocas de postura ajudam a combater dores nas costas.
Os analgésicos e os anti-inflamatórios podem ser usados. Sedativos são úteis para ajudar a manter o paciente em repouso no leito. Existem outras substâncias muito usadas, porém sem nenhuma eficácia científica comprovada, tais como: vitamina B12, cortisona, cálcio, gelatina de peixe, casca de ovo, casca de ostra e geleia de tubarão. Nenhuma delas tem efeito comprovado. Nota-se que, quanto mais bem feito o repouso, menos medicamentos são necessários. Obviamente, deve-se tratar a causa da lombalgia.
Nem todos os casos de hérnia de disco têm de ser operados. Quase todos regridem com repouso no leito, sem necessidade de cirurgia. Assim, a hérnia murcha e deixa de comprimir estruturas importantes, como os nervos. O tratamento cirúrgico está indicado apenas nos 10% dos casos em que a crise não passa entre três a seis semanas, em pacientes que têm crises repetidas em um curto espaço de tempo ou quando existem alterações esfincterianas (perda de controle para urinar e defecar).
Enquanto, no adulto, a maioria das lombalgias tem causas e tratamentos simples, a dor lombar no adolescente é incomum e com causas que devem ser investigadas cuidadosamente pelo médico ortopedista.

Prevenção

Muitos fatores são importantes para evitar que uma lombalgia aguda se torne crônica. A correção postural, principalmente na maneira de se sentar no trabalho e na escola é essencial. Na fase aguda, a ginástica não é indicada, porém, após o final da crise, a prática regular de exercícios físicos apropriados é importante. Quando fizer exercício com pesos na ginástica, proteja a coluna deitando ou sentando com apoio nas costas. Sempre evitar carregar peso. Não permanecer curvado por muito tempo. Quando se abaixar no chão, dobrar os joelhos e não dobrar a coluna. Evitar usar colchão mole demais ou excessivamente duro, principalmente se o indivíduo é muito magro. Para outros esclarecimentos, consulte o seu médico ortopedista.

Lombalgia: como seu fisioterapeuta trata a dor lombar?

A dor lombar é tão comum que 8 de 10 pessoas vão experimentá-la em algum momento de suas vidas. Embora esta dor possa ser grave, a maioria das lombalgias não é devido a um problema sério.
Normalmente, a dor nas costas é sentida na parte inferior das costas e nádegas. Às vezes, os nervos ficam irritados e podem causar dor nas pernas e dormência, e formigamento nos dedos dos pés. Há muitos fatores de risco que aumentam as chances de dor lombar.
Os riscos comuns resultam de fatores de estilo de vida, tais como muito tempo sentado, condicionamento físico fraco, e flexão de tronco e elevação de forma inadequada. O estresse e falta de sono podem piorar a dor.
À medida que envelhecemos, muitas vezes sentimos dor lombar devido ao enfraquecimento muscular e o aumento da rigidez articular. As diretrizes descrevem as formas de tratar a dor nas costas com base na melhor evidência de pesquisa.
O tratamento precoce parece ser a chave para diminuir a dor e voltar à plena atividade. Tratamentos que se concentram em exercícios e manter-se ativo limitam o tempo com dor e reduzem a chance de recidiva. O fisioterapeuta vai individualizar o tratamento para o seu problema específico, com base em uma análise aprofundada e nas prováveis causas de sua dor lombar.

Conselhos Práticos

Para as pessoas com dor lombar, a boa notícia é que a sua coluna provavelmente vai sentir-se melhor, mesmo que a dor seja severa.
Manter-se ativo é importante, e repouso no leito deve ser evitado. Se você está preocupado que sua dor pode não diminuir, o fisioterapeuta pode ensinar-lhe maneiras de ajudá-lo a mover-se melhor e se recuperar mais rápido.
Com base em sua análise, o melhor tratamento para a lombalgia aguda pode ser terapia manual (mobilização / manipulação) ou exercícios que restauram o movimento e diminuir a dor na perna que está relacionada à sua dor lombar.
Assim que a dor diminuir será adicionado ao tratamento exercícios que melhoram a coordenação, força, resistência. Se a dor se torna crônica, exercícios de moderada a alta intensidade e exercícios progressivos que foquem a aptidão e resistência serão úteis no tratamento da dor.
Seu fisioterapeuta pode ajudar a personalizar um programa de exercícios para você. Para mais informações sobre o tratamento da dor lombar, entre em contato com o ele.


Fonte: http://minhavida.com.br/

segunda-feira, 3 de março de 2014

Aparelhos e Equipamentos que Auxiliam Alguns Tratamentos Fisioterápicos

Ondas Curtas


Essa modalidade de recurso fisioterapêutico utiliza o espectro de ondas eletromagnéticas, na ordem de MHz. Ou seja é uma corrente senoidal de elevada frequência que permite a excitação neuromuscular através de efeitos químicos e do calor, sendo considerada uma terapia de calor profundo.
Apesar de ser uma onda eletromagnética, não é ionizante, logo não produzem lesões no tecidos ( como pode ocorrer nos Raio-X e ultravioleta ), apenas queimaduras, em raros casos de alta intensidade.
A frequência deste tipo de onda, por norma internacional, está fixada em 27.12 MHz, o que equivale a uma frequência de onda de 11 metros. Mas há também equipamentos que trabalham com 13,56 MHz ( 22 m ) e 40.68 MHz ( 7.5 m ).

Métodos de aplicação 

Pulsado – Produz calor de forma intervalada

Não Pulsado – Produz calor profundo

Como se aplicam Ondas Curtas? 

As placas de contato para ondas curtas são posicionadas diretamente sobre a pele, em áreas relacionadas à origem da dor. O processo é totalmente indolor, sendo que o paciente refere, na maioria das vezes, sensação agradável durante e logo após a aplicação.

Efeitos Fisiológicos

O efeito térmico é o efeito principal do equipamento de ondas-curtas. Os efeitos são:
Aumento da circulação
Aumento da velocidade de condução nervosa
aumento do limiar de dor

Efeitos não Térmicos

São obtidos essencialmente com o onda-curta de forma pulsada.

Reabsorção de hematomas;
Diminuição de edemas;
Organização de fibras de colágeno;
Regeneração de fibras nervosas;

Indicações ao tratamento

As principais indicações , separada por método, são:

Térmico ( não pulsado ) – Semelhando ao que já foi escrito – Analgesia, aceleração da cicatrização, quebra de rigidez, contraturas musculares. A grande vantagem está no fato de ser profunda e atuar de maneira bem eficiente em regiões de difícil acesso, como joelho e quadril;
Atérmico ( pulsado ) – pode estar indicado em lesões de partes moles , pós cirurgia, chicote cervical ( whiplash ), lombalgias, aceleração da reparação do tecido em feridas, e até mesmo traumas craniais.

Contra Indicações

Marcapasso;
Implantes metálicos;
Grávidas não podem de jeito nenhum;
Hemorragias;
Infecções;
Falta de sensibilidade térmica;




Aparelhos e Equipamentos que Auxiliam Alguns Tratamentos Fisioterápicos

Radiação infravermelha


A radiação infravermelha é um agente térmico superficial usado para alívio da dor e rigidez, para aumentar a mobilidade articular e favorecer a regeneração de lesões de tecidos moles e problemas da pele (Kitchen e Partridge, 1991; Lehmann e de Lateur, 1999; Michlovitz, 1986).

Características físicas

As radiações infravermelhas (IV) se acham dentro daquela parte do espectro eletromagnético cujas ondas produzem aquecimento ao serem absorvidas pela matéria (vide Fig. 1.20). As radiações são caracterizadas por comprimentos de onda de 0,78-1000 µm, que se acham entre as microondas e a luz visível. Muitas fontes que emitem luz visível ou radiação ultravioleta (UV) também emitem IV. A International Commission on Illumination (CIE) descreve a radiação infravermelha em termos de três bandas biologicamente significativas, que diferem no grau com que são absorvidas pelos tecidos biológicos e portanto em seu efeito naqueles tecidos:

• IVA: valores espectrais de 0,78-1,4 µm
• IVB: valores espectrais de 1,4-3,0 µm
• IVC: valores espectrais de 3,0-1,0 mm.

Os comprimentos de onda principais usados na prática clínica são aqueles entre 0,7 µm e 1,5 µm e estão portanto concentrados na banda de IVA.

Produção de radiação infravermelha pelos corpos

A radiação infravermelha é produzida como resultado do movimento molecular dentro dos materiais. Um aumento na temperatura acima do zero absoluto resulta na vibração ou rotação de moléculas dentro da matéria, o que leva à emissão de radiação infravermelha. A temperatura do corpo afeta o comprimento de onda da radiação emitida, com a frequência média da radiação emitida aumentando com o aumento da temperatura. Assim, quanto mais alta a temperatura do corpo, mais alta a frequência média de saída e, consequentemente, mais curto o comprimento de onda. A maioria dos corpos, contudo, não emite IV com uma única banda de ondas. Vários comprimentos de onda diferentes podem ser emitidos devido ao intercâmbio entre emissão e absorção das radiações afetando o comportamento das moléculas.

Fontes de radiação infravermelha

As fontes infravermelhas podem ser naturais (por exemplo, o sol) ou artificiais. Um IV artificial é normalmente produzido passando-se uma corrente elétrica através de um fio de resistência espiral. Os geradores luminosos (ou aquecedores por radiação) consistem em um filamento de tungstênio dentro de um bulbo de vidro que contém um gás inerte a baixa pressão. Eles emitem tanto radiações infravermelhas quanto visíveis com um pico de comprimento de onda em torno de 1 µm . Podem ser usados filtros para limitar a saída a bandas de onda particulares, tais como quando um filtro vermelho é usado para excluir as ondas de luz azuis e verdes.
Geradores não luminosos mais comumente consistem em um fio de resistência em espiral que é enrolado em torno de um material isolante de cerâmica ou embebido nele. A radiação infravermelha portanto será emitida tanto pelo fio como pelos materiais aquecidos que o cercam, resultando na emissão de radiações de várias frequências diferentes. Os geradores não luminosos produzem radiações com o pico a um comprimento de onda em torno de 4 µm.
As lâmpadas luminosas podem geralmente ser encontradas com níveis de potência entre 250 e 1500 W e as lâmpadas não-luminosas com níveis entre 250 e 1000 W. Ambas requerem um período de "aquecimento", já que a energia emitida aumenta durante certo período de tempo (Orenberg et al, 1986; Ward, 1986). As lâmpadas não-luminosas demoram mais do que as lâmpadas luminosas para atingir um nível estável de pico de emissão de calor à medida que a oscilação molecular que causa o aquecimento se dissemina através do corpo do aquecedor.

COMPORTAMENTO FÍSICO DA RADIAÇÃO INFRAVERMELHA

As radiações infravermelhas podem ser refletidas, absorvidas, transmitidas e sofrer refração e difração pela matéria, sendo a reflexão e a absorção os processos de maior significância biológica e clínica. Esses efeitos modulam a penetração da energia dentro dos tecidos e desse modo, as alterações biológicas que ocorrem.

Absorção, penetração e reflexão

A pele é um material complexo e consequentemente suas características de reflexão e absorção não são uniformes (Moss et al. 1989).
A radiação precisa ser absorvida para facilitar as mudanças dentro dos tecidos do corpo e a absorção depende de: estrutura e tipo do tecido, vascularidade, pigmentação e comprimento de onda. A penetração de energia para dentro de um meio depende da intensidade da fonte de infravermelho, do comprimento de onda (e consequente frequência de radiação), do ângulo com que a radiação atinge a superfície e do coeficiente de absorção do material.
Hardy (1956) salientou que os comprimentos de onda curtos se difundem mais do que os comprimentos de onda longos, mas que as diferenças são minimizadas à medida que a espessura da pele aumenta. A penetração, portanto, depende tanto das propriedades de absorção dos constituintes da pele quanto do grau de difusão ocasionada pela microestrutura da pele. Jacques e Kuppenheim (1955) examinaram as características de reflexão da pele humana e observaram que a reflexividade máxima ocorria nos comprimentos de onda IV entre 0,7 e 1,2 um - a faixa de muitas lâmpadas terapêuticas.
A penetração máxima ocorre com comprimentos de onda de 1,2 um, enquanto a pele é virtualmente opaca para comprimentos de onda de 2 um e acima (Moss et al, 1989). Hardy (1956) mostrou que pelo menos 50% das radiações de 1,2 um penetravam a uma profundidade de 0,8 mm, permitindo a interação com capilares e terminações nervosas. Como a penetração da energia diminui exponencialmente com a profundidade, a maior parte do aquecimento devido ao IV ocorrerá superficialmente. Selkins e Emery (1990) demonstraram que quase toda a energia é absorvida a uma profundidade de 2,5 mm e Harlen (1980) observou profundidades de penetração de 0,1 mm para comprimentos de onda de IV longo e até 3 mm para os comprimentos de onda mais curtos.

Aquecimento do tecido corporal

As radiações infravermelhas produzem alterações térmicas devido à absorção da radiação, que leva a vibração molecular e esse movimento, por sua vez, leva a alterações térmicas. Algum aquecimento pode ocorrer mais profundamente devido à transferência de calor dos tecidos superficiais, tanto por condução direta como por convecção, em grande parte através do aumento da circulação local. O infravermelho deve, portanto, ser considerado uma modalidade de aquecimento superficial.

EFEITOS BIOLÓGICOS

Geralmente, a maioria dos especialistas assume que os fótons de IV não dão origem a efeitos fotoquímicos. Os principais efeitos fisiológicos atribuídos ao IV são, portanto, resultado do aquecimento local do tecido. Esses efeitos incluem alterações no comportamento metabólico e circulatório, na função neural e na atividade celular.

Evidências de eficácia clínica

Há evidência limitada sobre eficácia diretamente relacionada ao uso de IV; contudo, as evidências provenientes do uso de outras formas de aquecimento superficial, que dão origem somente a alterações térmicas superficiais (por ex., aquecimento por condução) são também aplicáveis.

Dor

Lehmann, Brunner e Stow (1958) demonstraram que quando o IV era aplicado à região do nervo ulnar no cotovelo, um efeito analgésico era observado distalmente ao ponto de aplicação. Kramer (1984) utilizou IV como controle ao avaliar o efeito do aquecimento por ultra-som em testes de condução nervosa em pessoais normais. O IV e o ultra-som foram aplicados separadamente ao segmento umeral distai do nervo ulnar em dosagens que geraram um aumento de 0,8°C na temperatura do tecido; em ambos os casos foi encontrado um aumento na velocidade de condução do nervo ulnar pós-tratamento. Os estudos de Halle, Scoville e Greathouse (1981) e Currier e Kramer (1982) também indicam que o IV pode causar um aumento na velocidade de condução de nervos normais em humanos.

Rigidez articular

A rigidez articular engloba diversos parâmetros tais como o comportamento de ligamentos, cápsula articular e estruturas periarticulares e alterações na pressão dos fluidos. Wright e Johns (1961) aplicaram IV a uma articulação normal da mão in vivo, produzindo uma temperatura de superfície de 45°C. Eles mediram uma queda de 20% na rigidez articular a 45°C quando comparada com a rigidez a uma temperatura de 33°C. Contudo, esse trabalho foi feito com apenas duas pessoas e não foram identificados estudos que reproduzissem esses resultados.

Edema

Wadsworth e Chanmugan (1980) defendem o uso de radiação IV no tratamento de edema de membros. Eles alegam que o uso de IV causará a vasodilatação dos vasos e encorajará o aumento na velocidade de troca dos fluidos dos tecidos. Nenhum estudo que desse fundamento a essas alegações ou indicasse que a adição de IV a outros tratamentos realmente facilita a redução de edema foi encontrado.

Lesões de pele

Algumas lesões de pele podem beneficiar-se do uso de calor seco. As infecções por fungos, como paroniquia e psoríase, podem ser tratadas com IV. Westerhof et al. (1987) expuseram pacientes com psoríase ao IV durante um mês, com uma temperatura de pele de 42°C. Oitenta por cento desses pacientes experimentou remissão, com 30% experimentando uma melhora dramática. Orenberg et al. (1986) confirmaram esses resultados. A radiação infravermelha não deve ser usada, contudo, para tratar feridas abertas, já que as evidências indicam que sua tendência de desidratar os tecidos causa dano adicional e inibe a regeneração.

Dosagem

Apesar de o nível de aquecimento produzido no tecido poder ser calculado matematicamente (por ex., Orenberg et al., 1986), ou poder ser registrado por sensores de calor (por ex., Weterhof et al, 1987), é prática clínica normal estimar o nível de aquecimento desenvolvido nos tecidos da superfície através do relato sensitivo do paciente. A quantidade de energia recebida pelo paciente será governada por:

• a potência da lâmpada (em watts)
• a distância entre a lâmpada e o paciente
• a duração do tratamento.

Para que os efeitos terapêuticos ocorram tem-se sugerido que é necessário manter uma temperatura entre 40 e 45 °C por pelo menos 5 minutos (Lehmann e de Lateur, 1990). Crock-ford e Hellon (1959) demonstraram um aumento gradual na temperatura durante os primeiros 10 minutos de irradiação, com o retorno ao normal levando em média 35 minutos.
A intensidade é alterada mudando a distância entre a lâmpada e a parte do corpo ou alterando o rendimento do gerador. No final de um tratamento, uma dose leve deve gerar na pele temperaturas na região de 36-38°C e uma dose moderada deve produzir temperaturas entre 38-40°C. O tratamento infravermelho é, normalmente, continuado por um período entre 10 e 20 minutos, dependendo do tamanho e vascularidade da parte do corpo, da cronicidade da lesão e da natureza da lesão. Partes avasculares pequenas, condições agudas e lesões de pele tendem a ser tratadas por períodos de tempo mais curtos.

APLICAÇÃO CLÍNICA

O procedimento a seguir deve ser usado quando se aplica terapia infravermelha a um paciente.
• Seleção do equipamento. Lâmpada luminosa (radiante) ou não luminosa.
• Aquecimento. Isso maximiza o rendimento. Lâmpada não luminosa: aproximadamente 15 minutos; lâmpada luminosa: apenas alguns minutos.
• A pessoa. É usada uma posição confortável, com apoio, para permitir que a pessoa permaneça parada durante o tratamento. A pele deve estar descoberta, limpa e seca, sendo removidas todas as pomadas e cremes.
• Precauções de segurança. A natureza, os efeitos e riscos do tratamento devem ser explicados, as contra-indicações verificadas e a sensibilidade térmica da pele examinada. Os olhos devem ser cobertos se houver possibilidade de serem irradiados para prevenir ressecamento da superfície. O paciente deve ser alertado sobre os riscos, incluindo o de queimaduras.
• Posicionamento da lâmpada. A lâmpada é posicionada para permitir que a radiação incida na pele em ângulo reto de modo a facilitar a absorção máxima de energia. A distância entre a lâmpada e a parte do corpo variará de acordo com a potência da lâmpada, mas é geralmente entre 50 e 75 cm.
• Dosagem (vide p. 142). Essa é determinada pela resposta da pessoa. É essencial, portanto, que o paciente seja orientado sobre o nível apropriado de aquecimento e compreenda a importância de relatar qualquer mudança no mesmo.
• Acompanhamento. Após o fim do tratamento, a temperatura da pele deve parecer levemente ou moderadamente quente ao toque. O grau de eritema induzido deve ser anotado e devem ser avaliadas quaisquer alterações inesperadas. Devem ser mantidos registros de cada sessão de tratamento e das mudanças induzidas pela radiação.

RISCOS

• Pele. Podem ocorrer lesões agudas após uma única exposição excessiva de IV a temperaturas de 46-47°C e acima. A dor, contudo, ocorre a 44,5+1,3°C e deve, portanto, servir de proteção provocando uma resposta de retirada (Hardy, 1951; Stevens, 1983). Pode ocorrer dano crônico após exposição prolongada a temperaturas toleráveis (Kligman, 1982); ocorreram hiperplasia epidermal e um grande aumento na substância fundamental amorfa em porquinhos-da-índia.
• Tecidos subdermais. Os tecidos expostos ao IV durante procedimentos cirúrgicos mostram um aumento na tendência de desenvolver adesões.
• Testículos. Há uma diminuição temporária da contagem de espermas.
• Sistema respiratório. Bebês expostos a aquecedores radiantes podem ser sujeitos a períodos de apneia.
• Pessoas susceptíveis. Por exemplo, pessoas idosas podem sofrer desidratação e redução temporária da pressão arterial ou sintomas como tontura e cefaleia após a aplicação de IV, especialmente em áreas amplas como a coluna ou pescoço/ombros.
• Dano óptico. Podem ocorrer queimaduras de córnea, lesões da retina e do cristalino. Esse tipo de lesão está normalmente associada a ambientes industriais (Moss et al., 1989).

PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA E CONTRA-INDICAÇÕES

A segurança elétrica do equipamento deve ser verificada regularmente (vide Apêndice). A potência da lâmpada deve ser verificada e a estabilidade mecânica, alinhamento e segurança de todas as partes da lâmpada deve ser examinada.

Contra-indicações

Apesar de nem todos os fatores relacionados terem sido completamente confirmados por pesquisas, os fatores abaixo têm resultado em relatos mínimos de dano em pacientes:
• áreas com sensibilidade térmica cutânea ruim ou deficiente
• pessoas com doença cardiovascular avançada
• áreas com a circulação periférica local comprometida
• tecido cicatricial ou tecido desvitalizado por radioterapia profunda ou outras radiações ionizantes (que pode estar mais sujeito a queimaduras)
• tecido maligno na pele (embora tal tecido possa ocasionalmente ser tratado com o uso de irradiação infravermelha)
• pessoas com redução no nível de consciência ou da capacidade de compreensão dos riscos do tratamento pessoas com enfermidade febril aguda algumas doenças agudas de pele como dermatite ou eczema
• os testículos.